Especulações a parte, parece-me que o acontecer de um indivíduo tem algo de insólito e incompleto no modo como o percebemos em nossa própria autoconsciência.
Tendemos a valorizar demasiadamente o ego e sua autonomia na pseudo religiosa centralidade do livre arbítrio quando, na verdade, nossas decisões e atos estão em boa medida condicionados a fisiologia do nosso corpo e aos arbítrios de nosso cérebro e sistema nervoso.
A consciência apenas nos assegura a possibilidade de reconhecer uma realidade exterior tal como nos é possível reconhecer em termos humanos, o que é o mesmo que dizer que apenas sabemos o mundo a nossa imagem e semelhança.
Tais especulações não mudam absolutamente nada em nossas vidas, mas apontam para uma consciência mais “aberta” ou simplesmente menos comprometida com as codificações do dia a dia, a ponto de nos permitir uma perspectiva critica em relação a todas as pequenas verdades nas quais tropeçamos diariamente.
Este Blog é destinado ao exercicio ludico de construção da minima moralia da individualidade humana; é expressão da individuação como meta e finalidade ontológica que se faz no dialogo entre o complexo outro que é o mundo e a multiplicidade de eus que nos define no micro cosmos de cada individualidade. Em poucas palavras, ele é um esforço de consciência e alma em movimento...entre o virtual, o real, o simbolo e o sonho.
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