terça-feira, 13 de setembro de 2011

UM MUNDO SEM RUPTURAS

“Quando desistimos da ideia de que o sentido do discurso é representar acuradamente a realidade, perdemos o interesse na distinção entre os construtos sociais e outras coisas. Passamos a nos confinar ao debate a respeito da utilidade de construtos sociais alternativos.”

 Richard Rorty in ÉTICA SEM OBRIGAÇÕES UNIVERSAIS

Inventa-se um mundo novo todos os dias. Entretanto, ele não nos parece muito diferente daquele que abandonamos no dia anterior. Pois na contemporaneidade, a ideia ou sentimento de ruptura em nosso agir coletivo diluiu-se na vivencia de um cotidiano fluido e opaco onde mudanças são apenas mudanças. Afinal, já não há codificação possível da realidade que transcenda sua condição de discurso, de jogo, onde tudo o que importa é sua própria construção e não a adequação aquillo que convencionamos chamar de real... Atingimos um estágio civilacional que já não pode saltar sobre si mesmo...

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