Diante de mim
A sombra
De uma antiga fotografia
Desdiz o tempo presente,
Acorda a memória morta
De coisas irremediavelmente
Perdidas
Em um rosto que fui um dia
Mas no qual hoje
Não reconheço
O mínimo traço de mim mesmo...
Minhas tantas mortes vividas
No devir do tempo
Sem datas e sem cerimônias,
Não passam,
Percebo,
De um grande e mudo silêncio.
Este Blog é destinado ao exercicio ludico de construção da minima moralia da individualidade humana; é expressão da individuação como meta e finalidade ontológica que se faz no dialogo entre o complexo outro que é o mundo e a multiplicidade de eus que nos define no micro cosmos de cada individualidade. Em poucas palavras, ele é um esforço de consciência e alma em movimento...entre o virtual, o real, o simbolo e o sonho.
terça-feira, 23 de agosto de 2011
UNIVERSOS PARALELOS E BIOGRAFIA: UM OLHAR IMAGINARIO
QUANTAS REALIDADES EXISTEM DENTRO DOS VIVIDOS CENÁRIOS DE UMA VIDA?
TUDO AQUILO QUE NÃO ACONTECEU PARECE-ME ESCRITO NO OCORRER BIOGRÁFICO COMO FANTASMA QUE DEFINE TUDO O QUE É E QUE FOI...
POIS O TEMPO VIVIDO NÃO É LINEAR, É COMO UMA ESPIRAL A REFAZER-SE SOBRE SI MESMA EM UM LABIRINTO DE COISAS QUE TENDEM A UM QUASE INFINITO DE POSSIBILIDADES ONDE TODOS OS DESTINOS QUE NÃO VIVEMOS NOS OBSERVAM EM SILÊNCIO...
AQUILO QUE SOU HOJE GRADATIVAMENTE SE DEFINIU, BEM SEI, ATRAVÉS DE SEUS VAZIOS E DESREALIDADES...
SOMOS DE MUITOS MODOS FEITOS DO QUE NÃO VIVEMOS E DO QUE NÃO NOS TORNAMOS...
quarta-feira, 17 de agosto de 2011
DES REALIDADE E ANONIMATO
Sei a liberdade do viver
em anonimato e indiferença
no ocaso da multidão,
no devaneio
onde me perco em mínima moralia
de reflexões descompostas,
rotinas,
vazios de dias justapostos,
contra o golpe de vista
de um sóbrio delírio escrito no sol...
A paisagem quase explode em meus olhos
famintos de qualquer outra coisa
além do magro realismo
do mundo compartilhado
e inventado entre os outros
como se a realidade
de fato existice..
em anonimato e indiferença
no ocaso da multidão,
no devaneio
onde me perco em mínima moralia
de reflexões descompostas,
rotinas,
vazios de dias justapostos,
contra o golpe de vista
de um sóbrio delírio escrito no sol...
A paisagem quase explode em meus olhos
famintos de qualquer outra coisa
além do magro realismo
do mundo compartilhado
e inventado entre os outros
como se a realidade
de fato existice..
segunda-feira, 15 de agosto de 2011
AFORISMAS NIILISTAS
O erro é a ilusão de alguma certeza que nos engana
@
Constantemente tento saber o mundo de um ângulo inteiramente novo...
@
A duvida é a dimensão mais profunda de qualquer fato e ato de pensamento.
@
Quanto mais duvidamos de tudo, mais livres estamos para reinventar o real em novas codificações das coisas...
@
O fracasso é uma questão de ponto de vista...
domingo, 14 de agosto de 2011
A AVENTURA DA INDIVIDUALIDADE
Não nos enxergamos
Como os outros
Nos percebem.
Se quer somos
Na soma
De nossas auto representações
E ciência de vividas personas.
Somos múltiplos
Por dentro e por fora,
Fantasmas de nós mesmos
A inventar auto retratos
E ilusões de identidade....
quarta-feira, 10 de agosto de 2011
A INFÂNCIA DAS COISAS
Quase não me lembro
Do tempo
Em que a vida
Era jovem,
Em que sonhos me sonhavam
Na serenidade de jardins
E vislumbres de céus estrelados.
Quase não me lembro
Do tempo
Em que nada era fato, em que tudo que sou
Se fazia no devir
Do simples e inútil
Ato de cada dia
segunda-feira, 8 de agosto de 2011
O ILEGÍVEL E A NÉVOA
Uma nevoa define
A manhã aberta
Em vida
Como se a bruma
Comunicasse a
Fugidia realidade
De cada dia,
Como se tudo
Fosse abstrato
E fugidio
Na concretude
Da vontade
Que me sustenta
No sereno caos de cada dia possível...
terça-feira, 2 de agosto de 2011
CONSERVADORISMO E CONTEMPORANEIDADE
A experiência da temporalidade, como toda realidade cultural, assenta-se sobre o principio da diversidade e da relatividade.
Não vivemos todos, afinal, submetidos ao mesmo tempo presente, a mesma experiência de contemporaneidade ou consciência do agora. Poder-se-ia dizer, aliais, que cada individuo está contido em sua peculiar e pessoal codificação de mundo, por mais aparentemente contundentes pareçam os argumentos a favor da universalidade de princípios e valores socialmente estabelecidos.
Cada um percebe a época presente como melhor lhe apraz. Muitos a vivem tão profundamente mergulhados em fantasmagóricas imagens e valores “tradicionais” ou “passadistas” que quase ou absolutamente nada percebem da vertigem e devir do hoje que nos condiciona.
Felizmente ou infelizmente, o mundo muda na cabeça de algumas pessoas, a maior parte delas se quer percebe o reinventar-se do tempo humano na combustão das certezas de ontem nas estradas abertas pelas dúvidas de agora. Em poucas palavras, a mudança é um privilégio de poucos...
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