segunda-feira, 6 de junho de 2011

MORNA MEMÓRIA URBANA


Neste familiar espaço



Não mais encontro


Aquela cidade que nos conheceu


Enquanto nos perdíamos


Em seus vivos labirintos de embriaguês.






Já não vejo vestígios de nossos passos


Naquelas estreitas ruas


Que nos eram tão intimas


Nos vívidos dias em que


Brindávamos a esperança.






Percebo, então,


Que as coisas sofrem o passar do tempo


Tanto quanto as pessoas;


Apenas não o lamentam


Ou se escondem


No frágil abrigo de etéreas memórias


Como as que agora


Nos levam a acontecer


No eco de quem


Um dia fomos...

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