Este Blog é destinado ao exercicio ludico de construção da minima moralia da individualidade humana; é expressão da individuação como meta e finalidade ontológica que se faz no dialogo entre o complexo outro que é o mundo e a multiplicidade de eus que nos define no micro cosmos de cada individualidade. Em poucas palavras, ele é um esforço de consciência e alma em movimento...entre o virtual, o real, o simbolo e o sonho.
segunda-feira, 27 de junho de 2011
SOBRE O VAZIO DE NOSSAS ROTINAS
Todas as rotinas acumuladas
Sobre o vazio
De subjetivas metas
De mera existência
São como pequenas feridas
No corpo do intimo tempo
Em que vivemos...
São frágeis fantasias ontológicas
Que se desfazem ao grito
De um frágil e provisório
Ato de pensamento...
sábado, 25 de junho de 2011
CORAÇÃO
tudo que sei agora
é que meu coração bate,
do mesmo modo
que fez
initerruptamente
por anos a fio...
a mesma batida,
o mesmo tédio,
continuo e certo,
sem melodia
ou qualquer sentimrento...
terça-feira, 21 de junho de 2011
CONTEMPLANDO O UNIVERSO
Vislumbro o universo em detalhes,
Em cores e sombras de imaginações,
Através de um onipotente telescópio,
Onde tudo contemplo em vertigens de pensamento,.
Vejo o incerto contorno do tempo
Sucumbir ao caos e anarquia
De tudo aquilo que transcende o humano
E se faz em paisagem de
Desconhecidas e novas
Meta realidades de galáxias, estrelas
E anti matéria.
Em relativo sentimento,
Jogo ao vazio do espaço aberto
Um copo cheio de palavras,
Aleatórias e vagas,
Mas tão precisas como uma equação matemática...
Ciências apagam o céu
e removem o inferno
Escrevendo aventuras
E humanidades
no inteiramente outro das coisas.
A terra agora
Quase não existe...
CAMINHO DE RUA E TEMPO
“ A vontade não pode querer para trás. Não pode aniquilar o tempo e o desejo de tempo é sua mais solitária aflição.” F. Nietzsche in ASSIM FALAVA ZARATUSTRA
Naquela rua sem nome contemplei outro dia um caminho em qualquer noite de vontade aberta.
Agora, entretanto, revisitando paisagens, vejo apenas a rua e o ventar do tempo a transformá-la em outra, em uma versão de si mesma onde nunca estive ou estarei... Onde nunca existiu um caminho... onde apenas esteve a vontade do próprio caminho...
Agora, entretanto, revisitando paisagens, vejo apenas a rua e o ventar do tempo a transformá-la em outra, em uma versão de si mesma onde nunca estive ou estarei... Onde nunca existiu um caminho... onde apenas esteve a vontade do próprio caminho...
quinta-feira, 16 de junho de 2011
FELICIDADE E ESQUECIMENTO
FELICIDADE
É PODER NÃO PENSAR
EM NADA,
SENTIR
INTENSAMENTE
O PASSAR DO TEMPO
SEM O PESO
DE QUALQUER PASSADO,
FUTURO E OBRIGAÇÃO DOS DIAS,
MISTURAR-SE
TÃO PROFUNDAMENTE ÀS COISAS
A PONTO DE SE PERDER
DE SI MEMSO...
FELICIDADE
É UM ESTRANHO MODO
DE ESQUECIMENTO...
domingo, 12 de junho de 2011
LINGUAGEM E REALIDADE
“A linguagem corrente é parte do organismo humano, e não menos complicado que ele.”
Ludwig Wittgenstein in Tractatus Logico-Philosophicus
A figuração da realidade em linguagem é sua própria definição como uma presença na consciência, como um fato que em si mesmo já é um significado e uma premissa do entendimento.
Isso significa que nossa percepção de uma exterioridade objetiva não é em si a realidade. Mas apenas um dado irracional dos sentidos em si mesmo ilegível...
A ESTRADA ( FREE WAY) COMO METÁFORA
Conduzir um carro por uma estrada erma é talvez a mais perfeita metáfora para o acontecer humano. Pois pressupõe o movimento como devir teleológico na superposição de paisagens selvagens objetivamente dadas; paisagens estas que representam o mundo, enquanto a estrada nossa própria individualidade rasgada nele como um artifício contra natural cuja premissa é avançar de um ponto ao outro do tempo sem uma clara percepção de onde se esta... em suas nuanças, bifurcações e atalhos, a estrada é a soma de tudo aquilo que vivemos no movimento do carro que é figuração da consciência...
A MATERIALIDADE DO PENSAMENTO
A vida se faz
Em palavras
Tão abstratas,
Vagas e sinuosas
Quanto às imaginações.
Os pensamentos
Ao contrário
Não passam de mera
Atividade física e cerebral...
sábado, 11 de junho de 2011
GRAMÁTICA DE UMA MANHÃ CHUVOSA
Entre as desengonçadas palavras
Que decoram a manhã de chuva
Escondem-se às vezes
Pequenas razões de mundo,
Frases inúteis de sentimentos quebrados
Que inutilmente buscam abrigo
Em qualquer pensamento,
Em qualquer grito mudo
De maltrapilhas e cruas palavras
Que meramente desenham
E celebram o nada...
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