O que torna Barack Obama uma personalidade impar no cenário político/ cultural contemporâneo é sua surpreendente capacidade para na simplicidade latente de sua singularidade humana, personificar o self, o arquetípico de ordem, metamorfosiando no inconsciente coletivo, tornando-se um símbolo personificado para as projeções das melhores representações e idealizações da cultura ocidental e seu ideal racionalista de civilização. Isso, em uma conjuntura ontológico/lingüística em que seus próprios fundamentos históricos/representacionais se desfazem no ar, mediante a falência do conceito moderno de identidade, que não passa de uma secularização do coletivista e totalitário ideário de disciplinização das sociabilidades e dos corpos de inspiração judaico cristã.
Em poucas palavras, Barack Obama é muito mais do que presidente dos USA ou mais um ídolo vazio construído pelo poder econômico e político/midiático, ele veste com elegância e serenidade a mítica laico/religiosa de um rei...
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