Deitado no colo do tempo, procuro, inerte e provisório, saber o que, afinal, faz o mundo real, o fundamento do aqui e agora, imerso em pluralidade de imanências e vagos pensamentos.
Mas nada parece fazer mais sentido do que a atraente beleza da anônima jovem que caminha do lado oposto da rua, indiferente a tudo, sem saber se que eu existo. Deixo-a por um momento conduzir o aleatório do meu olhar enquanto me rouba migalhas de imaginação. Tudo, entretanto, se desfaz em um segundo quando ela se perde no além da rua sem deixar significado ou lembrança...
Sinto que nada de diferente acontece com todos os fatos de uma individual e intima existência, o silêncio, talvez, seja a essência de todos os atos vividos...
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