Aprisionar-se em suas próprias certezas e parciais imagens de realidade, projetando-se no abstrato acontecer de um eu, é um hábito comum em nosso modo de estar coletivamente no mundo.
Mas há algo mais no mero acontecer particular de um ser humano, algo que transcende nossas configurações culturais e nos aproxima da condição de animais orgânicos e concretos apesar do peso dos referenciais culturais nos quais acriticamente encontramos mergulhados...
Este algo mais confunde-se com nossos desejos e vontades mais inorgânicas e íntimas, com tudo aquilo que não compartilhamos com os outros, pois transcende a possibilidade de qualquer apreensão como linguagem.
Trata-se do indeterminado e fluido conjunto de processos autônomos que somos em nosso corpo como essência de nossa própria condição humana...
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