quarta-feira, 30 de junho de 2010

CONTRA A UNIVERSALIDADE COMO PRINCÍPIO DA VIDA DO PENSAMENTO


Não sei o que condiciona a vitalidade de uma dada formula de pensamento, o que determina que ela prevaleça ou pereça no acumulo das épocas, seja vestida de sagrado ou estética. A corriqueira resposta que remete a uma suposta universalidade que transcende o tempo, parece-me  ingênua e insuficiente. Pois toda reflexão abstrata tem suas raízes em seu particular presente vivido como abstração e reflexão. Sua longivitude temporal não está, definitivamente, na suposta  universalidade de sua construção e conteúdo, mais na fantasia de realidade que lhe sustenta e nutre em desdobramentos fecundos.
É pelos caminhos do irracional e do acaso das abstrações coletivas que formulas de pensamento convertem-se em cânones culturais e civilizacionais. É através do simbolismo e doa codificação simbólica , vivenciada como enigma que qualquer obra de construído passado converte-se em objeto de projeção da simbologia e codificação de nosso tempo de agora...

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