quinta-feira, 8 de outubro de 2009

UM FRAGMENTO DE LUDWIG WITTGENSTEIN II


Se considerarmos óbvio que um homem aufira prazer de suas próprias fantasias, lembreme-nos que a fantasia não corresponde a uma imagem pintada, a uma escultura ou a um filme, mas a uma formação complicada, de componentes heterogêneos- palavras, imagens, etc. Então, não contrastaremos o operar com signos escritos e falados com o operar com “imagens da imaginação” de eventos.


(A feiúra de um ser humano pode ser repelente num quadro, numa pintura, como na realidade, mas pode também ser repelente numa descrição, em palavras.)

A postura para com uma imagem ( para com um pensamento). A maneira como experimentamos uma imagem torna-a real para nós, isto é, liga-a com a realidade, estabelece uma continuidade com a realidade.


( O medo liga uma imagem aos terrores da realidade.)

( Ludwig Witgenstein. Gramática Filosófica/ organizada por Rush Rhees/tradução de Luis Carlos Borges. Edições Loyola, 2003, p. 137 )

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