quinta-feira, 30 de julho de 2009

A PÓS MODERNIDADE DA RELAÇÕES AFETIVAS: UM ESBOÇO


Desbotado e roto o amor romântico deixou de expressar ou codificar satisfatoriamente nossos mais generosos sentimentos de privada alteridade. Emoções e sentimentos, o irracional da vida, no tempo presente, já não são mais domesticadas por códigos de representações e sensibilidades inspiradas em estereótipos coletivos.
Já não seguimos em nossos relacionamentos padrões coletivamente cultivados sobre aquilo que devemos buscar ou realizar em um relacionamento. Neste campo da vida, aprendemos a ser pragmáticos, a investir mais no cotidiano conflituoso das trocas afetivas possíveis entre o “eu” e o “outro”, do que nas fantasiosas expectativas definidas por carências emocionais e idealizações de relacionamentos perfeitos.
Em linhas gerais, a grande novidade do tempo presente é que aprendemos que emoções e sentimentos são grandezas psíquicas que vivem mais em função de sua própria dinâmica interna do que da auto realização de seus portadores.
No plano dos jogos emocionais e de intimidade o amor secularizou-se no deslocamento das subjetividades... Eros se reinventa em nossos dias...

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