O utilitarismo pragmático pressupôs uma positiva dessacralização da idéia de verdade ao deduzir a legitimidade de qualquer enunciado pelos seus efeitos e aplicações práticas. Desta forma, a verdade deixou de ser um atributo dos objetos ou coisas a que se refere para se tornar uma característica das próprias idéias e da consciência que temos delas através de nossos discursos..
Embora em sua neutralidade axilógica reconheça a legitimidade das crenças religiosas, o fato é que o método pragmático expulsa do conceito de verdade todo entulho e resquício de metafísica, de teologia e abstrato racionalismo especulativo.
Em outros termos, o pragmatismo estabeleceu uma concepção instrumental de verdade onde como esclarece William James, “Idéias verdadeiras são aquelas que podemos assimilar, validar, corroborar e verificar. As idéias falsas são aquelas com as quais não podemos agir assim.”
(William James Pragmatismo/ tradução de Pablo Rubén Mariconda in Os Pensadores. Vol. XL. Pragmatismo: Textos selecionados. SP: Ed. Abril S/a, 1974, p. 24)
Deste modo a verdade torna-se uma invenção ou construção de nossa experiência de caráter mutável, em continua transformação e, portanto, incompatível como qualquer dogmatismo.
“O ponto mais fatal de diferença entre ser um racionalista e ser um pragmátista acha-se agora inteiramente à vista. A experiência está na mutação, nossas certezas psicológicas da verdade acham-se em mutação- assim, muito racionalismo permitirá; nunca porém, que a realidade em si ou a verdade em si seja mutável. A realidade mostra-se completa e pronta desde toda eternidade, insiste o racvionalismo, e a concordância de nossas idéias com ela é a única virtude não analisável nas mesmas da qual o racionalismo já nos disse algo. Como aquela excelência intrínseca, sua verdade não tem nada que ver com nossa experiência. Não acrescenta coisa alguma ao conteúdo da experiência. Não faz diferença para a realidade em si; é superveniente, inerte, estática, meramente uma reflexão. Não existe, retém ou obtem, pertence a outra dimensão, de fatos ou de relações de fatos, pertence, em suma, à dimensão epistemológica- e com essa palavra rebarbativa o racionalismo encerra a discussão.
Deste modo, como o pragmatismo encara o futuro, o racionalismo aqui de novo olha para trás, para a eternidade passada. Fiel ao seu hábito inveterado, o racionalismo reverte aos “princípios”, e pensa que, uma vez uma abstração sendo denominada, admitimos sua solução oracular.”
(Idem p.33)
Embora em sua neutralidade axilógica reconheça a legitimidade das crenças religiosas, o fato é que o método pragmático expulsa do conceito de verdade todo entulho e resquício de metafísica, de teologia e abstrato racionalismo especulativo.
Em outros termos, o pragmatismo estabeleceu uma concepção instrumental de verdade onde como esclarece William James, “Idéias verdadeiras são aquelas que podemos assimilar, validar, corroborar e verificar. As idéias falsas são aquelas com as quais não podemos agir assim.”
(William James Pragmatismo/ tradução de Pablo Rubén Mariconda in Os Pensadores. Vol. XL. Pragmatismo: Textos selecionados. SP: Ed. Abril S/a, 1974, p. 24)
Deste modo a verdade torna-se uma invenção ou construção de nossa experiência de caráter mutável, em continua transformação e, portanto, incompatível como qualquer dogmatismo.
“O ponto mais fatal de diferença entre ser um racionalista e ser um pragmátista acha-se agora inteiramente à vista. A experiência está na mutação, nossas certezas psicológicas da verdade acham-se em mutação- assim, muito racionalismo permitirá; nunca porém, que a realidade em si ou a verdade em si seja mutável. A realidade mostra-se completa e pronta desde toda eternidade, insiste o racvionalismo, e a concordância de nossas idéias com ela é a única virtude não analisável nas mesmas da qual o racionalismo já nos disse algo. Como aquela excelência intrínseca, sua verdade não tem nada que ver com nossa experiência. Não acrescenta coisa alguma ao conteúdo da experiência. Não faz diferença para a realidade em si; é superveniente, inerte, estática, meramente uma reflexão. Não existe, retém ou obtem, pertence a outra dimensão, de fatos ou de relações de fatos, pertence, em suma, à dimensão epistemológica- e com essa palavra rebarbativa o racionalismo encerra a discussão.
Deste modo, como o pragmatismo encara o futuro, o racionalismo aqui de novo olha para trás, para a eternidade passada. Fiel ao seu hábito inveterado, o racionalismo reverte aos “princípios”, e pensa que, uma vez uma abstração sendo denominada, admitimos sua solução oracular.”
(Idem p.33)
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