quarta-feira, 14 de maio de 2008

INDIVIDUALIDADE E CONTEMPORANEIDADE

No múltiplo cenário de nossas contemporaneidades sentidas e vividas em indecisões de reflexões e pensamentos, uma das questões, ou tensões, mais intensas que se apresentam, é aquela existente entre os fundamentalismos identidarios, ou sectarismos étnicos, nacionais e religiosos, frente à novidade do múltiplo, do hibrido e do singular que emerge, com uma força cada vez maior, através das globalizações européias e norte americanas.
Estes primeiros instantes do novo milênio são definidos, entre muitas outras coisas, por uma desconstrução radical de tudo aquilo que ainda hoje representa, de alguma maneira, “a tradição” ou o funcional medíocre das imagens do socialmente estabelecido centrado em alguma arcaica representação de coletividade.
Quando vivemos profundamente a caoticidade do tempo presente, nos reaprendemos no aprendizado da aridez coletiva, nos refazemos como pequenos e mínimos fragmentos que em sua singularidade transformam cada ato de existência em uma afirmação única do que somos multiplicamente no movimento de pensamentos, sentimentos, intuições e sensações singulares em contraposição ao opaco dos lugares comuns do dia a dia, estes terríveis desertos íntimos que nos conduzem a realidade social.

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