terça-feira, 11 de dezembro de 2007

C.G. JUNG E O PARADOXO DA CONSCIÊNCIA


O nome de Carl Gustav Jung, quando lembrado fora dos círculos da psicologia analítica, não raramente é vinculado a suas formulações em torno do inconsciente coletivon e seus interesse pelas imagens e simbolos religiosos. Justamente por isso, é pertinente ressaltar que que sua psicologia tem por centro uma outra questão: o processo de individuação e, consequentemente, a fenomenologia da consciência e sua estreita relação com o inconsciente.
Segundo Jung, existe um estado de profunda inter dependência entre a consciência e o inconsciênte cujo carater é compensatório. Longe dos ingênuos sonhos do racionalismo moderno, a consciência nasce do inconsciente e se expande na medida em que integra seus conteúdos no longo aprendizado de sua matriz irracional.
Não é, portanto, qualquer opção racional ou moral de vida ou imagem de mundo que nos define como seres humanos no curto tempo e espaço de nossas existências; mas o confronto criativo com nossas fantasias e emoções mais intensas, que nos permite apreender e aprender o que somos na paisagem mágica do estar-presente nos dias.
O inconsciente ( psique objetiva) nos pensa na medida em que o pensamos afirmando-se como fonte de toda genuina cultura, de toda experiência possível do humano e do trans-humano.

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