segunda-feira, 5 de novembro de 2007

LITERATURA INGLESA XIII


“ A gente sabe que acertou quando aquilo que se escreve possui uma verdade e uma realidade dez vezes mais poderosa que a realidade original”
Hemingway

A literatura de Ernest Hemingway ( 1899-1961) é como um delicado artesanato cuja matéria é a própria vida imediata. Amante do Box, guerras, caçadas e touradas, este romancista e ensaísta norte americano dedicou-se como ninguém a voluptuosa e sensual experiência de viver, convertendo-a no próprio sentido da arte de escrever. De certa forma, pode-se dizer que tamanho mergulho na matéria da vida justifica seu suicídio como única opção trágica frente a franca decadência física e mental impostas pela doença.
Dentre seus contos conheço apenas “O Lutador”. Limitei-me até o presente ao sabor de dois de seus romances mais conhecidos: “O velho e o Mar” e “O sol também se levanta”. O suficiente para ter uma nítida idéia do homem por traz da cuidadosa prosa.
Hemingway foi antes de tudo um aventureiro, um homem profundamente mergulhado em seu tempo. Como jornalista, participou da cobertura das duas grandes guerras mundiais e freqüentou ao longo de sua vida lugares como África, Espanha, Itália e Cuba. Jamais foi, entretanto, um escritor engajado como muitos de sua época, apesar de declarar-se partidário da Revolução Cubana. Na verdade Hemingway foi um grande solitário profundamente mergulhado no imediato de sua própria vida...

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