segunda-feira, 22 de outubro de 2007

MERLIM

Uma das mais fecundas reinterpretações contemporâneas da matéria da bretanha que conheço é a peça teatral Merlim oder Das Wüste Land (Merlim ou a Terra Deserta) de Tankred Dorst elaborada em colaboração com Ursula Ehler. Este contemporâneo “Merlim” , de modo sarcástico procura dizer nosso próprio tempo, ou mais precisamente, o fracasso de suas utopias polÍticas e os limites dos ideais de boa sociedade. Talvez, justamente por isso, ele nos remeta também as íntimas florestas, aos nossos sonhos mais inocentes e gratuitos de mera e serena existência em um mundo de incertezas... “Quero ser como o Mago Merlim passear no bosque e escutar as cantigas do vento, voar como as aves ser o lobo que espreita a caça oculto nas pedras na noite calada quero falar com o espirito das fontes ver tombarem as árvores antigas ser jovem e ter toda a idade que passa e ser rei da floresta encantada” ( Merlim ou a Terra Deserta/ Tankred Dorst com a colaboração de Ursula Ehler; tradução de Lya Luft. RJ: Paz e Terra, 1984

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