quinta-feira, 13 de setembro de 2007

CRÔNICA RELÂMPAGO VI



No imaginário contemporâneo, os signos já não possuem necessáriamente correspondência verdadeiramente verificável com o mundo que por princípio deveriam representar; ultrapassaram a fronteira do símbolo no esboço de uma hiper realidade estabelecida pelo jogo entre sentido e não sentido em cujo hiato existimos.
A polifonia de gestos, imagens, palavras e artefatos culturais diversos, ou até mesmo, sentimentos e emoções, que alucinadamente desfilam, pior exemplo, na superfície da tela de um monitor de computador, alterou sem que nos déssemos inteiramente conta, nosso modo de lidar e viver com as linguagens e configurações anímicas em que existimos.
Inaugurou-se, assim, sob o sígno dos jogos de incertezas e performasses, a construção de uma imagem contemporânea e imprecisa de mundo que nos suga a existência na aventura desafiadora de descontrução permanente e manutenção do espectro plural que somos na descontrução de toda experiência e realidade vivida de Ser.

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