terça-feira, 17 de julho de 2007

A NATUREZA DO DIA

Acordei para um dia como qualquer outro. Tão semelhante aos anteriores que quase não faz sentido rotula-lo de “novo”. Mesmo que me afirme fria e teimosamente o calendário a objetividade da data com aquele gosto de não sentido que costuma vestir os fatos em sua nudez.
Sim, eu acordei....No involuntário movimento matinal de abrir os olhos e saber de mim sem pensar; no não lembrar as marcas do sonho e do sono que até a pouco insinuavam qualquer coisa mágica além do banal e do normal ... Eu acordei.
Mas abri desleixado a gaveta de um vento onde guardava projetos de inacabadas infâncias e idealizadas velhices felizes para finalmente me buscar como adulto, superar relativamente as horas organizadas sob os números que nomeiam a data que é esse dia cíclico e infinito no sempre igual dos anos...
Que importa? Do que vale tudo isso e a janela aberta em sol?
Sei, felizmente, o ouro das paciências todas somadas.
Sei o obrar da espera de um futuro que me redima dos tempos desse impertinente dia;
que me conduza a didatica introspecção do meu eu além dos fatos e horas perdidas.

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