domingo, 8 de setembro de 2013

FALTA




A Falta é uma palavra nula
Pois remete mais a uma presença
Do que a  uma ausência,
Evoca aquilo que já não se pode sentir,
Saber ou ter,
Mas esta ali
Como uma ferida  aberta
Ou a incompreensível resposta
A uma pergunta que não fizemos.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

MURO



Por  varias vezes
Corri determinado
Contra o muro
E não encontrei um caminho,
Apenas o muro
Que com o tempo perdido
Aprendi que deveria pular
Para encontrar
O abismo do outro lado...

ESCURO AMANHA



Amanhã  não sei
O que me espera.
Talvez me visite
Qualquer horrenda quimera
Que me deixe fatalmente triste
Por toda esperança
E por toda espera
Que até hoje
Não me levou
A  nenhum futuro ou fortuna

terça-feira, 27 de agosto de 2013

DEPOIS DE MIM

Questões já não existem,
Apenas o caminho
Claro e mudo
De todos os dias.

Não pensarei em possibilidades,
Não cultivarei ideias,
Serei econômico com os sentimentos
E pouca atencioso com as novidades.

Minhas palavras serão precisas
Como a lamina de um cirurgião.
Meus dias serão em preto e branco
E a vida mais leve
Do que em qualquer sonho tolo
De felicidade.

domingo, 25 de agosto de 2013

TARDE DEMAIS



Aquela tarde
Estava tão triste,
Tão vazia de si mesma,
Que fazia doer o tempo
E chorar a vida
Através do mais simples
Acontecer das coisas.
Só porque
Já era tarde demais.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

A ULTIMA PALAVRA

Não sei se a última palavra será minha ou do tempo. Tudo depende do significado atribuído as coisas vividas por minha precária consciência. Significado que não corresponderá as coisas, mas  as gramaticas do texto de minha própria vida.

PONTO MORTO

A  mesa de café da manhã
Esta desfeita
E a do almoço
Não será feita.
Pois as rotinas estão
Quebradas,
As horas estragadas
E a vida danificada
No cesto de roupas sujas.
A existência é como
Um quadro antigo
Em algum fundo de gaveta
E o a gora já não frequenta
Os ponteiros do relógio
Que apenas me enfeita o pulso.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

NÃO ME ESPEREM FELIZ

Não correrei
Jamais
O risco de ser feliz.
Pode ser que eu goste
E me desfaça
Em crise
Quando o sorriso
Morrer nos lábios
E tudo deixar de ser
Como eu tanto queria.
Sim.
Jamais correrei
Este risco,
Nem por uma migalha
De alegria.