quinta-feira, 27 de outubro de 2011

O DIA EM QUE O ROCK MORREU

O texano Buddy Holley teve uma carreira curta, restrita a um período de aproximadamente 3 ano de visibilidade no cenário do rock and roll do final dos anos 50 até morrer tragicamente em um acidente de avião em 3 de fevereiro de 1959. Mas foi tempo mais do que suficiente para imprimir sua decisiva marca na história do rock pela sofisticação de suas composições para a época. Holley contribuiu para o amadurecimento da musicalidade do rock introduzindo harmonias e melodias mais trabalhadas, além de letras mais complexas e menos ingênuas comparadas aos clichês românticos de então.

Ainda hoje o dia de sua morte é lembrado como o “o dia em que o rock morreu”, mas seu legado contribuiu justamente para o renascimento do rock nos anos 60. O primeiro de muitos que se perpetuam até o tempo presente...

terça-feira, 25 de outubro de 2011

NOTA SOBRE ROCK E CONTRACULTURA


A relação entre rock and roll e contracultura nos anos 60 não é algo obvio. Afinal a chamada contracultura teve como principal matriz a geração Beat, movimento literário cuja aversão ao rock dos anos 50 era mais do que evidente assim como sua profunda ligação com o jazz.

Pode-se mesmo dizer que nos idos dos anos 60 o rock andava em baixa, sendo eclipsado pela folk music que então desfrutava de maior popularidade entre uma juventude americana cada vez mais politizada , critica e, portanto, indiferente a ingenuidade da primeira geração de rockers.

Tal cenário começou a se transformar com o advento das “Invasões Britânicas” lideradas pelos Beatles a partir de 1964. Ao lado dos Stones , Who, etc., os garotos de Liverpool reinventaram a linguagem do rock e prepararam sua reinserção no cenário cultural da época a ponto de hoje em dia o rock ser associado de maneira visceral a idéia de contracultura em um contexto muito mais amplo que aquele identificado com os anos 60 É o que desde os anos 70 conhecemos como cena undergraund.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

DEVIR


Não importa
O tempo
Que pesa no corpo.

Os sonhos
São sempre jovens
E vislumbram ganhos
No cenário de todos
Os mundos possíveis
Dentro da gente.

A imaginação
Mira sempre avante...

domingo, 23 de outubro de 2011

CONDIÇÃO HUMANA

Sei que uma vida inteira
Não basta para realização
De todos os meus futuros.

Pois as possibilidades
De uma mera existência
São múltiplas e infinitas
Na cotidiana  vertigem
Da permanente reinvenção
Do humano....

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

PROSA BOEMICA

As alegrias abertas



Explodem na sala de estar


No nervosismo de risos,


Soluços e gritos


De compartilhada embriaguês.






As palavras dançam


De uma boca a outra


Nuas e cambaleantes


Reinventando em gozo


O mais simples significado


Das coisas..

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

SOBREVIVÊNCIA

Quase não sei
O dia lá fora
No simples acontecer
Do ato
De estar vivo...

As rotinas
Simplesmente acontecem
Enquanto a vida pulsa
Dentro de mim
Como se nada mais
Realmente importasse,
Como se não houvessem perigos
No risco de cada esquina.

Tudo que realmente importa agora
É que estou vivo
Contra o mundo e os fatos....

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

TEMPO EFÊMERO

Uma única fotografia antiga
Pode ensinar
A distância
Que nos separa
Do próprio tempo,
Desfazer  infâncias
Com o olhar de agora
No jogo de luz e sombra
Da pragmática urgência
De um dia seguinte...

SOBRE OS ANOS QUE PASSAM

Os anos passam
Mas o que são os anos?
Que coisas importam
A caprichosa memória
Quando tudo
Que existe
É a embriaguez
Do agora,
Esta eterna e flamejante aurora
Que ofusca em vertigem
O turvo dos anos.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

AFORISMAS SOBRE A POÉTICA PÓS MODERNA

A verdade de uma palavra é a própria palavra
Como signo e ato de pensamento.
Seu significado é meramente gramatico.
Tudo o mais decorre disto.
*
Diante de uma frase que não faz sentido nos deparamos simultaneamente com uma “revelação” e u um “ocultamento”. Brincamos com a própria ideia de verdade.
*
Ampliar o uso de uma palavra para além de seus significados correntes é a mais cara tarefa  a qual pode se dedicar um indivíduo.
*
A narrativa poética deve estruturar-se como a paródia de  um enigma de esfinge.
*
A poesia é a uma forma de transgressão linguística. 

NOVÍSSIMA POESIA

A poesia é o cálculo da imaginação,
O lugar onde as palavras
Libertam-se  da pragmática dos atos linguísticos
E os signos equivalem-se aos símbolos
No eclipse de nossa capacidade
De pensar  e dizer
Por intermédio de um eu
Projetado em mundo...
A poesia deve reinventar-se hoje
Como anti humanismo.