Este Blog é destinado ao exercicio ludico de construção da minima moralia da individualidade humana; é expressão da individuação como meta e finalidade ontológica que se faz no dialogo entre o complexo outro que é o mundo e a multiplicidade de eus que nos define no micro cosmos de cada individualidade. Em poucas palavras, ele é um esforço de consciência e alma em movimento...entre o virtual, o real, o simbolo e o sonho.
sexta-feira, 31 de janeiro de 2014
POEMA QUASE NOTURNO
A luz frágil
Do fim da tarde
Quase não brilha
Na paisagem,
Pois os sonhos acordaram
Cedo
Em qualquer
Profundidade de noite
No interior da gente.
Qualquer pouco de sol
Já não faz sentido
No invisível tormento
Do desfalecimento
Do nada de mais um dia
quarta-feira, 29 de janeiro de 2014
MELANCOLIA AO FIM DO DIA
Os sonhos quebrados
Esquecidos em um dia
De sol de infâncias
Ecoam na nostalgia
De uma tarde fria.
Meus pensamentos
Já não sustentam vontades,
Minhas palavras
Já não dizem nada.
Apenas estou
Aqui e agora
Esperando o por do sol.
Esquecidos em um dia
De sol de infâncias
Ecoam na nostalgia
De uma tarde fria.
Meus pensamentos
Já não sustentam vontades,
Minhas palavras
Já não dizem nada.
Apenas estou
Aqui e agora
Esperando o por do sol.
terça-feira, 28 de janeiro de 2014
segunda-feira, 27 de janeiro de 2014
MULTIDÃO
Estar em multidão é um exercício de cegueira e indiferença. A pluralidade de rostos estranhos, de vozes distantes, nos faz desatentos a nós mesmos em qualquer espécie de estranhamento da própria condição humana.
É no cada vez mais incerto espaço da vida privada onde nos reconhecemos como labirinto de intimidades e coleção de memórias cada vez mais desarticuladas.
É no cada vez mais incerto espaço da vida privada onde nos reconhecemos como labirinto de intimidades e coleção de memórias cada vez mais desarticuladas.
NOTA SOBRE O NOVO DOMÍNIO DA INFORMAÇÃO
Inflacionada, a informação existe atualmente sob o signo do caos, escapando ao domínio da racionalidade pragmática e do universal. Atualmente é o particular, a singularidade que nos codifica essencialmente a realidade. O perene emerge como arquetípico da imaginação diante de uma informação que transcende a comunicação.
quinta-feira, 23 de janeiro de 2014
MAIS SÓ QUE SOZINHO
Não importa onde eu esteja
Habito o primário grito
De um solitário desejo
De não mais ser eu,
De não viver tão a parte
Dos outros, de tudo,
Sofrendo
Mais só que sozinho,
Esperando sempre
Que algum fato novo
Mude a dor,
Me mude de dor,
Ou, simplesmente,
Exploda um sorriso
Em meus lábios.
POEMA PÓS QUIXOTESCO
Não faz diferença
Que dia é hoje.
Sempre terei nas horas
O sempre igual
De uma rotina vazia.
Permanecerei sem futuros,
Sem portas ou janelas abertas
Diante de meus passos cansados
E olhar de tédio.
Não serei coroado rei
De qualquer reino remoto
Ou o príncipe encantado
De qualquer damizela.
Estarei entre os que não deram
certo,
Entre aqueles que não nasceram
Para alimentar o correto e
próspero caminho
Das ascensões sociais.
Pouco me importa o que pensam de
mim
Melhor que não me notem
No turvo da multidão.
sexta-feira, 17 de janeiro de 2014
ARITMÉTICA
Somei todos os meus silêncios,
Todas as minhas duvidas
Dores e rasas imensidões...
O resultado não valeu
O esforço
Extrapolando a aritmética
Em abstrato quantitativo
De vazios.
Todas as minhas duvidas
Dores e rasas imensidões...
O resultado não valeu
O esforço
Extrapolando a aritmética
Em abstrato quantitativo
De vazios.
LUGAR COMUM
Não me imponham
A superficialidade de um rosto
Nem me julguem
Pelos meus olhos.
Ignorem meus atos,
Desconsiderem
Minhas palavras.
Se quer me julguem
Humano
Tal como vocês.
De todas as formas
Possíveis
Me considero único
Na singularidade
Dos meus lugares comuns.
A superficialidade de um rosto
Nem me julguem
Pelos meus olhos.
Ignorem meus atos,
Desconsiderem
Minhas palavras.
Se quer me julguem
Humano
Tal como vocês.
De todas as formas
Possíveis
Me considero único
Na singularidade
Dos meus lugares comuns.
DESENCANTAMENTO DO MUNDO
Foi desfeito o segredo
Do encanto do significado.
A existência perdeu o brilho,
Se fez ilegível
No dito
Pelo não dito
De todas as impossibilidades filosóficas.
Já não havia resquício
De qualquer sentido racional
Ou sublime das coisas,
Apenas o vazio espalhado
Entre as incertezas da manhã sem rumo.
Do encanto do significado.
A existência perdeu o brilho,
Se fez ilegível
No dito
Pelo não dito
De todas as impossibilidades filosóficas.
Já não havia resquício
De qualquer sentido racional
Ou sublime das coisas,
Apenas o vazio espalhado
Entre as incertezas da manhã sem rumo.
Assinar:
Postagens (Atom)