a vida se revela intensa
experiência do desrazoável das coisas.
Há somente a vertigem das sensações,
o movimento das afeições
transbordando imaginações.
Cada objeto se faz sujeito de alguma imagem pensamento
que conduz ao estranhamento
de um mundo que através de cada coisa
se apresenta inédito,
que se faz outro através do corpo
que redescobre o vento.
A vida se reduz assim
a natureza nua que nos desperta
para uma nova infância.