As palavras nascem
do fundo das coisas mudas,
onde falam silêncios,
gritam vontades,
morrem verdades,
e os olhos escutam
o sentir que se esgota
na vida de um verso
ou de uma frase.
As palavras sabem o pensamento.
Mas o pensamento não sabe as palavras,
ignoram o mais profundo
do sopro
que lhes serve de corpo.
Os pensamentos não são humanos.