Este Blog é destinado ao exercicio ludico de construção da minima moralia da individualidade humana; é expressão da individuação como meta e finalidade ontológica que se faz no dialogo entre o complexo outro que é o mundo e a multiplicidade de eus que nos define no micro cosmos de cada individualidade. Em poucas palavras, ele é um esforço de consciência e alma em movimento...entre o virtual, o real, o simbolo e o sonho.
sexta-feira, 16 de agosto de 2019
quinta-feira, 15 de agosto de 2019
VIVER
A experiência do mundo é a consciência de si na existência das coisas. Não há fronteiras entre o dentro e o fora de si mesmo. A consciência é o mundo dentro de nós na urgência do agora. Viver é estar entre as coisas. Existir é saber o que existe. A essência é aparência, superfície. Viver é ser o mundo em si mesmo.
quarta-feira, 14 de agosto de 2019
DURAÇÃO, VIDA E CONSCIÊNCIA
O tempo é físico através das coisas.
Existir é movimento, é corpo.
Ele não é a voz, mas o silêncio.
Existir é movimento, é corpo.
Ele não é a voz, mas o silêncio.
A consciência é um efeito do corpo,
da duração da vida no devir do instante.
da duração da vida no devir do instante.
O tempo é vazio.
A história não existe.
Eu não existo.
Pois não há consciência de si que não seja experiência da duração do mundo ( fora de si).
A história não existe.
Eu não existo.
Pois não há consciência de si que não seja experiência da duração do mundo ( fora de si).
A consciência é o efeito de tudo que me ultrapassa e o "eu" é a percepção da soma daquilo tudo que nos define o existente como uma soma que transborda o produto.
domingo, 11 de agosto de 2019
ATRAVÉS DO SILÊNCIO
O que escapa ao dizer é o que realmente importa...
É por onde o possível foge da gente,
E o eu se dissolve
No riso de uma alegria morta.
Experiência e experimentação,
Linguagem curvada no corpo erguido...
Isto é o que somos
No jogo do dito e do comunicável.
Linguagem curvada no corpo erguido...
Isto é o que somos
No jogo do dito e do comunicável.
Mas o essencial nunca é dito,
Não deixa lembrança.
Amo as coisas que desaparecem,
Não deixa lembrança.
Amo as coisas que desaparecem,
que povoam o esquecimento,
pois sei que tudo acaba em silêncio,
que nada persiste como memória.
pois sei que tudo acaba em silêncio,
que nada persiste como memória.
A BUSCA DA PALAVRA INCERTA
Procuro a palavra incerta
Manifesta entre a letra e a voz.
Aquela que inventa silêncios,
Que cria e sente,
O tempo em movimento
Através dos corpos.
Manifesta entre a letra e a voz.
Aquela que inventa silêncios,
Que cria e sente,
O tempo em movimento
Através dos corpos.
A palavra que ri e grita,
Que se transforma,
Marcando o papel e a pele.
Que se transforma,
Marcando o papel e a pele.
Quero a palavra dos analfabetos
É dos cegos,
Dos loucos e alucinados,
Que encontram qualquer forma de dizer
A existência contra os fatos,
Discursos e convicções.
É dos cegos,
Dos loucos e alucinados,
Que encontram qualquer forma de dizer
A existência contra os fatos,
Discursos e convicções.
Procuro a palavra livre,
O vazio da linguagem,
E o abismo do significado.
O vazio da linguagem,
E o abismo do significado.
sábado, 10 de agosto de 2019
CONTRA O HUMANISMO
Para Wittgenstein, em suas Investigações Filosóficas, "no mundo , tudo é como é e acontece como acontece. Nele não há valor, e, se houvesse, o valor não teria valor."
Quando nos afastamos de uma leitura antropológica da realidade e do mundo, deixamos de ser escravos de um sentimento moral e da ilusão de qualquer forma de platonismo. Já não carecemos de tagarelísmos e opiniões. O efeito de verdade pretendido pelo enunciado não é sustentado por um "dever-ser".
ESCREVER COMO FORMA DE CUIDADO DE SI
A abstração tradicional é logocentrica, abstrata e consagrada a ordem da linguagem comedida.
Sequestrada pela razão das gramáticas de mundo, ela apenas nos assujeita. Lhe falta qualquer compromisso maior com a vida crua e cotidiana, com o corpo que a lavra.
Sequestrada pela razão das gramáticas de mundo, ela apenas nos assujeita. Lhe falta qualquer compromisso maior com a vida crua e cotidiana, com o corpo que a lavra.
Mas a margem dos academicismos, a filosofia, a poesia e a oralidade convergem, contra a economia dos discursos vigentes, para a escritura da carne, para um dizer que é cultivo, cuidado de si, ou expressão de uma ética ou simples modo de ser livre.
Escrever é inventar-se... Cada um deve encontrar um padrão de composição de si pela palavra.
Escrever é inventar-se... Cada um deve encontrar um padrão de composição de si pela palavra.
quinta-feira, 8 de agosto de 2019
NATUREZA
A grande VIRTUDE da natureza é não ter VIRTUDE. É não ter valor, não expor em seu ser significâncias.
A grande VIRTUDE da natureza é não apresentar qualquer traço de humanidade. É ser livre de qualquer princípio ou premissa moral.
A natureza é movimento que move, desejo materializado em infinitos arranjos, entrelaçamentos e encontros. Tudo nela é o fazer e refazer da presença compósita do orgânico e do inorgânico na confusão de matéria e energia.
A natureza ignora o humano, sua necessidade de cosmos, sua agressão permanente, sua consciência ilusória que não tem lugar no universo.
A natureza não sabe o tempo.
Tudo ignora,
na inconsciência de si mesma.
A natureza não sabe o tempo.
Tudo ignora,
na inconsciência de si mesma.
POESIA E VERDADE
Poetizar a verdade é despir o verdadeiro de seu poder de coerção e normalização, reduzi-lo a um prazer estético, a um modo de expressão sem qualquer intenção a disciplinar uma ordem discursiva ou estabelecer protocolos as nossas vivências.
Poetizar a verdade é ligar afeto e pensamento, o dizer
ao prazer, tomando a produção da verdade não como exercício de significação, mas como invenção
de uma estética do mundo. O que se
apresenta como verdadeiro é o próprio ato de habitar o mundo e a si mesmo como
uma linguagem viva, como texto abstrato legível ao pleno dispor de nossos
corpos. Poetizar a verdade é saber um mundo que nos antecede e ultrapassa, é render-se ao existente, confundir-se com ele, como um instante de poesia.
quarta-feira, 7 de agosto de 2019
PARA QUE SERVE A LITERATURA?
A letra morta da literatura universal não resolve o
mundo,
Não responde a hipocrisia e a leviandade
Que prolifera em nossa vida comum.
Também não torna inteligentes os pedantes eruditos
Amantes do poder de Estado e do mercado.
A literatura não serve para coisa alguma
E cospe nos best
sellers,
Nos operarios de letras
Que simulam nobreza
Com palavras barrocas.
A literatura não se vende
E nem se importa com o publico.
A boa literatura nunca teve leitores,
Sempre foi desprezada.
Ocupar-se com literatura é apenas uma forma
De evitar a loucura.
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