A intuição de um acaso feliz nos faz progredir para qualquer futuro. Mas o futuro nunca é pessoal. Ele é coletivo, relacional. É a soma do virtual, é a potência do múltiplo que nos define como multidão.
Mas o futuro acontece a margem das projeções. Ele não comporta utopias ou quimeras. O futuro é sempre imprevisível, selvagem. Mesmo assim, cultivamos a expectativa de um acaso feliz. Apostamos na persistência da vida independente das perspectivas de ocasião.
Acreditamos que a soma de tudo que somos é sempre criadora de novas e boas expectativas. Apostamos que há sempre um horizonte se inventando através de todos nós. O futuro é uma promessa, algo que nunca se realiza. Ele é contra o presente, mas nos espera sempre um passo a frente.