Este Blog é destinado ao exercicio ludico de construção da minima moralia da individualidade humana; é expressão da individuação como meta e finalidade ontológica que se faz no dialogo entre o complexo outro que é o mundo e a multiplicidade de eus que nos define no micro cosmos de cada individualidade. Em poucas palavras, ele é um esforço de consciência e alma em movimento...entre o virtual, o real, o simbolo e o sonho.
quarta-feira, 22 de novembro de 2017
sexta-feira, 17 de novembro de 2017
SOBRE O VAZIO DA IDENTIDADE
segunda-feira, 13 de novembro de 2017
O JOGO DOS OPOSTOS DE NOSSA CONSCIÊNCIA DO MUNDO
Duas tendências
opostas nos condicionam a existência: por um lado a vocação para nos conformar
ao mundo como exterioridade, como norma coletiva. Em contrapartida, sofremos a
tendência para experimenta-lo como um outro de si mesmo, enquanto interioridade
subjetivada. Nosso bem estar depende de um equilíbrio entre estas duas tendências
do movimento introjetivo da consciência das coisas.
O conformismo é
a submissão natural ao bom uso do impessoal da linguagem como forma de inscrição
no jogo social, o cultivo da individualidade é, de modo complementar, a
codificação aleatória e subjetiva de todo material e experiência simbólica, a
vocação para estabelecer arranjos próprios dentro do horizonte de uma
perspectiva ou visão de mundo. Uma tendência tende a conformar-se a outra através
do perigoso caminho do cultivo da verdade. Mas a única verdade que nos é realmente
possível é o devir, a perenidade de todas as coisas. É neste ponto que as duas tendências
devem coincidir.
SUBJETIVAÇÃO
Sou filho dos
meus gritos
E sobra dos
meus silêncios.
Metade de mim é
imperfeita,
Outra metade é
desejo.
Sou por inteiro
Feito de
inacabamentos.
Parte de mim já
se foi,
Outra nunca acontecerá.
Existo de modo
impreciso
Entre a vontade
e a representação
De um eu sempre
em construção.
ROSTO
O que melhor define o corpo
É o rosto.
A paisagem da carne viva
No gosto das coisas,
no sentimento do outro
Que é o mundo
que através do olhar
Nos faz tudo
Entre ver e ser visto
Mediante o sentimento
E sentido da paisagem,
Como se fosse um quadro de carne.
É o rosto.
A paisagem da carne viva
No gosto das coisas,
no sentimento do outro
Que é o mundo
que através do olhar
Nos faz tudo
Entre ver e ser visto
Mediante o sentimento
E sentido da paisagem,
Como se fosse um quadro de carne.
sexta-feira, 10 de novembro de 2017
RETÓRICA
Entre quem escuta
e quem fala existe a regra,
O pré-dito no
silêncio que antecede a fala.
Existe mais do
que nós ...
O SENTIDO,
O vazio, o
acaso
E a memória.
Mas o corpo não
existe.
Ele simplesmente é,
Contra o ilegível
Que dorme
dentro
De qualquer
palavra.
CÉU AZUL
Este céu azul
não é o mesmo
Da minha infância.
Mas ainda me serve
Como matéria de sonhos
E a evasão
Que me reinventa criança
Contra todas as certezas do mundo.
não é o mesmo
Da minha infância.
Mas ainda me serve
Como matéria de sonhos
E a evasão
Que me reinventa criança
Contra todas as certezas do mundo.
O CORPO NA ALMA
O corpo preso à
alma das coisas
Inventa a
realidade compartilhada
Na prisão da
verdade.
Nada é absoluto
quando o absoluto
É relativo à
carne que pensa,
Que sente e
sofre significados
Gritando o
absurdo de tudo.
quinta-feira, 9 de novembro de 2017
ARQUEOLOGIA DO SABER
Minha essência é ausência,
Uma falta de ser,
Que me define como um fantasma
Dentro de um espelho.
Digo apenas o que pode ser dito
E penso apenas o que pode ser pensado
A margem do ser da linguagem.
Sou o original e a cópia
De um discurso fechado.
Para mim quem é por que
Na arqueologia de Foucault
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