Este Blog é destinado ao exercicio ludico de construção da minima moralia da individualidade humana; é expressão da individuação como meta e finalidade ontológica que se faz no dialogo entre o complexo outro que é o mundo e a multiplicidade de eus que nos define no micro cosmos de cada individualidade. Em poucas palavras, ele é um esforço de consciência e alma em movimento...entre o virtual, o real, o simbolo e o sonho.
sexta-feira, 18 de agosto de 2017
quarta-feira, 16 de agosto de 2017
segunda-feira, 14 de agosto de 2017
sexta-feira, 11 de agosto de 2017
O TEMPO
O tempo não envelhece
Apesar das épocas, mudanças e
perdas,
Ou do fim que termina os filmes.
O tempo é sempre o tempo
Que transforma e mata a gente.
Nunca muda através de tudo
Se reinventando no nada das
metamorfoses.
O tempo é físico,
Espaço e movimento,
Mas só faz sentido
Através da memória.
quinta-feira, 10 de agosto de 2017
SEM VALOR
Para Wittgenstein, em suas Investigações Filosóficas, "no mundo , tudo é como é e acontece como acontece. Nele não há valor, e, se houvesse, o valor não teria valor."
quarta-feira, 9 de agosto de 2017
FOUCAULT E A FORMA LIVRO
O livro como receptáculo de
enunciados é predestinado ao envelhecimento, a degradação perpétua. A forma
livro é como um momento que nos aprisionamos em uma fotografia, uma imagem que
se transforma em simulacro, pois um texto acabado é um texto morto. Por isso é inconveniente ficar preso a
impressão de qualquer livro como se sua narrativa fosse atemporal e não um
produto datado e circunstancial destinado sempre a ser desvalorizado pela infração bibliotecária, bibliográfica, e
a critica implacável do devir das épocas. Ao mesmo tempo, o livro é também
ameaçado pela tirania do autor que, muitas vezes, o renega parcial ou
integralmente enquanto ele se degenera em um outro de si mesmo através de
citações e referências.
No breve prefácio que faz a
primeira reedição de sua História da Loucura, suprimindo o prefácio original,
Foucault bem define o simulacro da identidade de um livro:
“... Um livro é produzido, evento
minúsculo, pequeno objeto manejável. A partir dai, é aprisionado num jogo
contínuo de repetições; seus duplos, a sua volta e bem longe dele, formigam;
cada leitura atribui-lhe, por um momento, um corpo impalpável e único;
fragmentos de si próprio circulam como sendo sua totalidade, passando por contê-lo quase todo
e nos quais acontece-lhe, finalmente, encontrar abrigo; os comentários
desdobram-no, outros discursos no qual enfim ele mesmo deve aparecer, confessar
o que se recusou a dizer, libertar-se daquilo que, ruidosamente, fingia ser. A
reedição numa outra época, num outro lugar, ainda é um desses duplos: nem um
completo engodo, nem uma completa identidade consigo mesmo.”
Tal fragmento torna-se mais
significativo quando consideramos o fato de que o primeiro livro publicado por
Foucault, Doença Mental e Personalidade, teve sua reedição proibida pelo
próprio autor a partir de 1966. Pode-se aqui apenas especular sobre as razões
do fato. Mas certamente, tal recusa se explica em função das obras
posteriores do autor, em especial sua
História da Loucura e O Nascimento da
Clinica que reduziram a nada o evento minúsculo do primeiro livro. Afinal, o
que é o momento de um livro dentro do tempo de uma obra?
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