terça-feira, 20 de janeiro de 2015

INDIVIDUALIDADE


A  individualidade é uma meta,
Uma busca na qual me perco
No questionamento profundo
Da própria vida,
Da minha queda
No tempo e espaço de mim mesmo.
As vezes quase não existo

E só me percebo no espelho.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

MEMÓRIAS PESSOAIS

Somos  feitos de memórias.
Mas  lembramos como quem sonha.
Recordar não é viver,
É inventar o passado
Segundo as necessidades
Do nosso sentimento de agora.
Pois o agora é sempre tarde
E o futuro nos oprime.

Memórias são devaneios...

domingo, 18 de janeiro de 2015

A ATUALIDADE DA FILOSOFIA DA LINGUAGEM DE WITTGENSTEIN

Dentre todos os filósofos contemporâneos, Wittgenstein está com certeza, entre os menos populares.

Em sua critica a tradição “metafísica” filosófica da cultura ocidental,  sua filosofia da linguagem tinha como premissa uma mudança radical na nossa maneira de ver as coisas.  Seu principal objeto foi o significado doque dizemos, nossos cotidianos de gramática e mundo.

A filosofia não deve se perder na busca de uma “interioridade”, na confusão de teorias. Ela é um questionamento do próprio discurso e das armadilhas do pensamento.


A busca de fundamentos pode nos conduzir a muitos contracensos, sua filosofia  pressupõe os limites de nosso exercício de dizer e pensar através de uma arqueologia da linguagem cotidiana.Somos  aquilo que dizemos, o enunciado nos fundamenta. Mas como invetamos nossos enunciados?

SOBRE POESIA E REBELDIA

A poesia é um ato de transgressão contra a gramática e nossos cotidianos jogos de linguagem.
A poesia é como uma embriagues das palavras a questionar consciências.
A poesia é sempre uma ameaça aos lugares comuns do mundo,
Um transbordar-se de si mesmo.

A poesia é qualquer forma branda de desespero.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

O SENTIDO DA VIDA

O único sentido da vida
É absolutamente não fazer sentido algum.
Por isso somos livres...
A finitude nos define;
O tempo é curto
E a vida nos mata.
Logo, tenho todas
As urgências do mundo

Dentro de mim.

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

TEMPORALIDADE ALTERNATIVA

O futuro não valeu a pena.
Como também não valeu a pena
O gosto de sonho
Que me definia o passado.
Meu tempo foi quase
Uma sucessão de equívocos,
Um raso instante de tempo
Quase perdido,
Algum limbo entre o aqui,

O agora e o quase.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

AS INERCIAS DE NOSSAS REPRESENTAÇÕES DE MUNDO

Para a maioria das pessoas a realidade é, em alguma medida, definida a partir de superstições e convicções irracionais. Pode-se mesmo dizer que o arcaísmo de alguma modalidade de “pensamento mágico” ainda se mostra presente no imaginário do indivíduo contemporâneo por simples inercia das tradições.
Em que pese o papel cada vez maior das ciências e da tecnologia no dia a dia das pessoas, há um verdadeiro déficit cognitivo quando se trata de representar e codificar a realidade que podemos atribuir a fatores econômicos e sociais, tanto quanto a herança cultural legada pela “tradição ocidental” em suas formatações mais convencionais.

Há um conservadorismo latente no que diz respeito a capacidade de representar o mundo, uma dificuldade de abstração racional que talvez seja superada pelas próximas gerações. Mas o  fato é que ainda somos demasiadamente limitados quando o assunto é o modo como vemos o mundo.


domingo, 11 de janeiro de 2015

NADA É SAGRADO

O ateísmo , enquanto sinônimo de livre pensar, é a personificação de um questionamento radical.
Ser ateu é inventar-se como indivíduo contra a hegemonia de qualquer sistema de crenças baseado no discurso de autoridade e pretensão a metanarrativa de mundo.
Nos fazemos e nos inventamos constantemente ateus na medida em que desafiamo os lugares comuns do mero cotidiano, em que nos destacamos do rebanho humano inspirados pelo nobre desafio de pensar e sentir por nós mesmos contra os adestramentos sociais.

NADA É SAGRADO...

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

DEFINIÇÃO DE PASSADO

O passado é como um não lugar,
Um limbo fora do tempo e do espaço,
Onde as mais intensas coisas da vida
Ficam para sempre guardadas
Sem qualquer possibilidade

De redenção.

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

RENASCIMENTO

Deixem-me aqui sozinho
Entre meus cacos de vida
Tentando reinventar
Meu bem querer quebrado.
Preciso de um dia novo
Onde possa respirar de novo
Aquele jovial futuro
Dos meus anos de infância.
Sim.
Acreditem.
Preciso redescobrir a vida.
Abandonar manias e hábitos
Que me pesam nos ombros
E me refazer no tempo

Que ainda me resta.