Para a maioria das pessoas a
realidade é, em alguma medida, definida a partir de superstições e convicções
irracionais. Pode-se mesmo dizer que o arcaísmo de alguma modalidade de
“pensamento mágico” ainda se mostra presente no imaginário do indivíduo contemporâneo
por simples inercia das tradições.
Em que pese o papel cada vez
maior das ciências e da tecnologia no dia a dia das pessoas, há um verdadeiro déficit
cognitivo quando se trata de representar e codificar a realidade que podemos
atribuir a fatores econômicos e sociais, tanto quanto a herança cultural legada
pela “tradição ocidental” em suas formatações mais convencionais.
Há um conservadorismo latente no
que diz respeito a capacidade de representar o mundo, uma dificuldade de
abstração racional que talvez seja superada pelas próximas gerações. Mas o fato é que ainda somos demasiadamente
limitados quando o assunto é o modo como vemos o mundo.