Não esperarei pelo dia seguinte,
Pela vontade renovada
Que transformará meu sentimento das coisas.
Partirei agora sem grandes esperanças
Para o outro lado das circunstâncias
Onde se sabe o mundo de ponta cabeça.
Jogarei fora alguns passados,
Algumas emoções e vontades inúteis.
Reaprenderei a vida dançando em minha sombra.
Talvez me sobre até tempo
Para buscar amores.
Este Blog é destinado ao exercicio ludico de construção da minima moralia da individualidade humana; é expressão da individuação como meta e finalidade ontológica que se faz no dialogo entre o complexo outro que é o mundo e a multiplicidade de eus que nos define no micro cosmos de cada individualidade. Em poucas palavras, ele é um esforço de consciência e alma em movimento...entre o virtual, o real, o simbolo e o sonho.
segunda-feira, 14 de julho de 2014
terça-feira, 8 de julho de 2014
SOBRE A PEQUENEZ DA CONDIÇÃO HUMANA
Embora hoje em dia tanto o modelo cosmológico geocêntrico da antiguidade quanto o heliocêntrico inaugurado por Nicolau Copérnico e consolidado por Kepler e Newton já não expressem nossa imagem contemporânea do universo, o fato é que nossa cultura ainda se baseia na valoração do primado da condição humana como centro de toda existência. As tradições religiosas, que pressupõem essa centralidade através de diversos mitos criacionistas contribuem significativamente para manutenção da falsa ideia de que a vida é algo especial e plena de significação, ignorando a imensidão e mistérios muito mais complexos do universo conhecido que, de muitas maneiras, desafiam o intelecto humano.
A percepção do quanto somos insignificantes, dos limites de todas as nossas possíveis representações e codificações de mundo é um sentimento novo ainda cultivado por poucos.
Lembrando uma famosa declaração de Neil Armstrong, o primeiro homem a pisar na lua,
Tal pequenez, não se associa a qualquer especulação metafísica sobre a grandiosidade da natureza ou de alguma divindade, mas a constatação simples da complexidade da realidade que não pode ser reduzida a qualquer formula dogmática ou universal. O superficial e o perene define melhor o que somos do que qualquer ilusória profundidade e significado último da condição humana.
Somos efêmeros...
A percepção do quanto somos insignificantes, dos limites de todas as nossas possíveis representações e codificações de mundo é um sentimento novo ainda cultivado por poucos.
Lembrando uma famosa declaração de Neil Armstrong, o primeiro homem a pisar na lua,
"De repente eu notei que aquela pequena e bela ervilha azul era a Terra. Eu levantei meu dedão e fechei um olho, e meu dedão cobriu totalmente a Terra. Eu não me senti um gigante. Senti-me muito, muito pequeno.”
Tal pequenez, não se associa a qualquer especulação metafísica sobre a grandiosidade da natureza ou de alguma divindade, mas a constatação simples da complexidade da realidade que não pode ser reduzida a qualquer formula dogmática ou universal. O superficial e o perene define melhor o que somos do que qualquer ilusória profundidade e significado último da condição humana.
Somos efêmeros...
segunda-feira, 7 de julho de 2014
BRINQUEDO QUEBRADO
O desejo partido contemplava um brinquedo quebrado no canto de alguma infância esquecida.
Quanta melancolia cabia naquele sentimento de coisa perdida,
Nos prazeres desfeitos e olhos incrédulos diante do fato.
Era como se todo futuro se evaporasse,
Como se todas as portas e janelas do mundo se fechassem.
Entretanto, era apenas um brinquedo quebrado
E a ingenuidade do mundo de uma criança.
Quanta melancolia cabia naquele sentimento de coisa perdida,
Nos prazeres desfeitos e olhos incrédulos diante do fato.
Era como se todo futuro se evaporasse,
Como se todas as portas e janelas do mundo se fechassem.
Entretanto, era apenas um brinquedo quebrado
E a ingenuidade do mundo de uma criança.
domingo, 6 de julho de 2014
COSMOS
A grande indiferença do universo
transcende as imaginações
e a própria vida.
Somos menos que nada
na manhâ que se inaugura
dentro da gente
além das sombras que enfeitam
as paisagens de nosso pequeno mundo.
Nossa humanidade
é uma verdade muda...
transcende as imaginações
e a própria vida.
Somos menos que nada
na manhâ que se inaugura
dentro da gente
além das sombras que enfeitam
as paisagens de nosso pequeno mundo.
Nossa humanidade
é uma verdade muda...
sábado, 5 de julho de 2014
ESPERANÇAS
Viverei os descasos do acaso
até o limite das imaginações.
Quero crescer nas pequenas coisas,
embriagar minhas esperanças
e fazer de conta
que a tristeza não conta,
que as incertezas não importam.
De que outra forma
suportaria o dia seguinte?
sexta-feira, 4 de julho de 2014
AINDA NÃO SOMOS HUMANOS
Contrariando toda mitologia e representações do sagrado que inspiraram civilizações e sociedades, ouso dizer que a humanidade ainda é uma possibilidade futura. Até agora fomos apenas mamíferos muito esquisitos tumultuando a face da terra.
Somos portadores de um cérebro complexo. Mas ainda não percebemos o quanto somos apenas tudo que ele é...
quinta-feira, 3 de julho de 2014
O PESADELO DA FELICIDADE
Caso um dia
Se torne perfeita a vida,
Nos restará o consolo de
Morrer de tédio,
De chorar o vazio
Do sempre igual das coisas.
Seremos mínimos, previsíveis
E chatos,
Diante de um mundo
Não mais questionável.
Se torne perfeita a vida,
Nos restará o consolo de
Morrer de tédio,
De chorar o vazio
Do sempre igual das coisas.
Seremos mínimos, previsíveis
E chatos,
Diante de um mundo
Não mais questionável.
terça-feira, 1 de julho de 2014
DO PENSAMENTO PÓS MODERNO AO PENSAMENTO PRÉ MODERNO: AS AMBIGUIDADES DA MODERNIDADE
Os defensores da Pós Modernidade encontraram críticos ferrenhos por propor a falência do projeto iluminista de uma “sociedade racional e secular” baseada em instituições “positivas” de poder.
Acredito, entretanto, que é o pensamento pré-moderno que perpetuou-se nutrindo-se da própria modernidade que merece uma critica e uma reflexão radical.
Afinal, a ambiguidade do moderno encontra-se na simples constatação de que ele já nasce arcaico a sombra das ruinas das tradições que, por falta de imaginação, limita-se a reinventar.
O fato é que ainda vivemos em um mundo assombrado por demônios e sujeitos a uma “realidade mágica” administrada por superstições.
AOS QUE CAMINHAM PARA O PASSADO
Causa-me profundo espanto que em tempos em que a ciência e as invenções tecnológicas como nunca antes definem o cotidiano e a cognição humana, ainda existam tantos a estragar pensamentos recorrendo ao arcaismo de diversas modalidades de pensamento mágico.
Aos adéptos das simpatias, leis da atração, milagres de fé e outras bizarras fórmulas de pensamento mágico, nada tenho a dizer, pois me dirijo ao futuro. Sou contemporâneo das metarmofoses do agora e da reviravolta de todos os valores...
segunda-feira, 30 de junho de 2014
MEUS ERROS
Nem sempre tive as explicações certas para os meus erros.
Nunca achei que errar era humano
ou que faria diferença
qualquer outra opção.
As vezes as coisas simplesmente são
como são
e não há nada a ser feito.
Nesta vida,
de nada me arrependi.
e nada me fez feliz.
Tudo foi como deveria ser....
Nunca achei que errar era humano
ou que faria diferença
qualquer outra opção.
As vezes as coisas simplesmente são
como são
e não há nada a ser feito.
Nesta vida,
de nada me arrependi.
e nada me fez feliz.
Tudo foi como deveria ser....
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