Sonhei ingenuamente
ser mais perfeito
que a vida
até o ponto
de me perder
no fundo escuro
do meu próprio sonho.
Sofri malogros e ruinas,
perdi passados
e apaguei futuros.
Tudo por conta
do erro de um sonho
que me roubou toda realidade
Este Blog é destinado ao exercicio ludico de construção da minima moralia da individualidade humana; é expressão da individuação como meta e finalidade ontológica que se faz no dialogo entre o complexo outro que é o mundo e a multiplicidade de eus que nos define no micro cosmos de cada individualidade. Em poucas palavras, ele é um esforço de consciência e alma em movimento...entre o virtual, o real, o simbolo e o sonho.
sábado, 28 de junho de 2014
quinta-feira, 26 de junho de 2014
O OUTRO
Queria fazer um poema triste
para esquecer minhas ausências,
preencher meus vazios
e fingir que a existência
não vale tanta melancolia.
Queria reinventar meus sonhos
E reaprender a existir.
Pois dentro de mim mora um outro
Ansioso por viver.
para esquecer minhas ausências,
preencher meus vazios
e fingir que a existência
não vale tanta melancolia.
Queria reinventar meus sonhos
E reaprender a existir.
Pois dentro de mim mora um outro
Ansioso por viver.
domingo, 22 de junho de 2014
INCOERÊNCIA FILOSÓFICA
A incoerência aleatória dos versos
busca dizer em palavras
o ilegível e abstrato
sentimento de um pensamento
que foge aos conceitos
e subverte gramáticas
correndo descalço sob ventos antigos.
A incoerência nunca é arbitrária.
Sabe ser caprichosa
em sua iniciativa desconstrucionista.
busca dizer em palavras
o ilegível e abstrato
sentimento de um pensamento
que foge aos conceitos
e subverte gramáticas
correndo descalço sob ventos antigos.
A incoerência nunca é arbitrária.
Sabe ser caprichosa
em sua iniciativa desconstrucionista.
segunda-feira, 16 de junho de 2014
ENQUANTO AS ROTINAS SEGUEM
Enquanto as rotinas seguem,
Vivemos o tempo pequeno
De nossos atos aleatoriamente
Espalhados no cenário do mundo.
Tudo que fazemos é quase invisível
E sem consequências,
Um esboço de nada cuja importância
Superestimamos.
Mas precisamos continuar
Seguindo em frente
Ignorando duvidas e reflexões.
Precisamos sobreviver,
Vivemos o tempo pequeno
De nossos atos aleatoriamente
Espalhados no cenário do mundo.
Tudo que fazemos é quase invisível
E sem consequências,
Um esboço de nada cuja importância
Superestimamos.
Mas precisamos continuar
Seguindo em frente
Ignorando duvidas e reflexões.
Precisamos sobreviver,
quarta-feira, 11 de junho de 2014
RESIGUINAÇÃO
Um dia talvez eu me renda
As intenções do tempo
E me desfaça satisfeito
Entre rotinas.
Um dia, talvez, eu me perca
Definitivamente
De mim mesmo
Liberto de toda inquietude.
As intenções do tempo
E me desfaça satisfeito
Entre rotinas.
Um dia, talvez, eu me perca
Definitivamente
De mim mesmo
Liberto de toda inquietude.
quinta-feira, 5 de junho de 2014
FILOSOFIA E GRAMÁTICA
Há muitos silêncios tumultuando o sentido gramatical de cada frase. Atrapalhamos a gramática tentando codificar no dito o simples absurdo da condição humana. Toda filosofia não vai além do dilema entre as regras gramaticais e a exigência irracional das imagens do pensar sem palavras da imaginação selvagem que nos corroe por dentro.....
quinta-feira, 29 de maio de 2014
IMEDIATISMO
Farto de esperar pelo amanhã
Redescobri o passado,
Reinventei meus vazios e ausências,
Apaguei definitivamente o futuro
De minhas expectativas.
Cultivarei apenas aquilo
Que realmente importava
No mais profundo
Do imediato e do agora.
Redescobri o passado,
Reinventei meus vazios e ausências,
Apaguei definitivamente o futuro
De minhas expectativas.
Cultivarei apenas aquilo
Que realmente importava
No mais profundo
Do imediato e do agora.
segunda-feira, 26 de maio de 2014
A FELICIDADE
Impossível dizer o que define a felicidade.
Apesar de seus lugares comuns de bem estar em sociedade:
Dinheiro, sucesso e conveniências amorosas...
Cada um carrega dentro de si peculiares fantasias
de ser feliz.
De modo geral,
a felicidade é apenas um estado de espírito
do qual descartamos o impossível e o utópico
de uma panacéia de constante boas noticias.
Onde tudo dá certo não existe felicidade.
Apenas a estagnação e o tédio.
Felicidade é apenas conquistar o que se pretende.
Depois seguir em frente
em busca de qualquer outra coisa.
Apesar de seus lugares comuns de bem estar em sociedade:
Dinheiro, sucesso e conveniências amorosas...
Cada um carrega dentro de si peculiares fantasias
de ser feliz.
De modo geral,
a felicidade é apenas um estado de espírito
do qual descartamos o impossível e o utópico
de uma panacéia de constante boas noticias.
Onde tudo dá certo não existe felicidade.
Apenas a estagnação e o tédio.
Felicidade é apenas conquistar o que se pretende.
Depois seguir em frente
em busca de qualquer outra coisa.
sábado, 24 de maio de 2014
O DESAFIO DE UMA NOVA INDIVIDUALIDADE
"O que entende a mosca da vidraça contra a qual ela se lança até não mais poder? Nada na natureza oferece um obstáculo semelhante a seu instinto
natural: um obstáculo transparente. Nós também não sabemos do vazio transparente que nos separa dos outros mais do que sabe a mosca do intransponível obstáculo daquela
superfície de vidro.."
JEAN BALDRILLARDO in COOL MEMORIES IV- CRÔNICAS 1996-2000
Tudo que nos é possível é o descontínuo e aleatório da autênticidade, o ato de romper com o cotidiano e os fatos
através do acumulo cego de momentos de fugaz e intensa descontinuidade das coisas.
A descontinuidade supera tanto o indivíduo quanto o social ao revelar as distâncias entre o EU e o Nós.
Jamais estaremos em casa em nosso próprio pensamento ou cultura.
Jamais estaremos em harmonia com os outros e o mundo.
Só nos resta assumir definitivamente a condição de nômades da embriaguez.
natural: um obstáculo transparente. Nós também não sabemos do vazio transparente que nos separa dos outros mais do que sabe a mosca do intransponível obstáculo daquela
superfície de vidro.."
JEAN BALDRILLARDO in COOL MEMORIES IV- CRÔNICAS 1996-2000
A individualidade tornou-se uma condição virtual desde o momento em que começamos a percebe-la como uma meta inútil.
Tudo que nos é possível é o descontínuo e aleatório da autênticidade, o ato de romper com o cotidiano e os fatos
através do acumulo cego de momentos de fugaz e intensa descontinuidade das coisas.
A descontinuidade supera tanto o indivíduo quanto o social ao revelar as distâncias entre o EU e o Nós.
Jamais estaremos em casa em nosso próprio pensamento ou cultura.
Jamais estaremos em harmonia com os outros e o mundo.
Só nos resta assumir definitivamente a condição de nômades da embriaguez.
AS IMAGINAÇÕES DO PASSADO E A DESCONSTRUÇÃO DO FUTURO
As imagens de um passado que não vivemos são como o testemunho de um sonho distante.
Falam da pálida vida dos tempos coletivamente vividos do qual de nenhuma maneira já não nos sentimos parte.
A morte do passado agora confunde-se com a decadência da memória como forma de codificação do mundo vivido.
A narrativa historiográfica encontra sua contemporâneidade na capacidade de despertar nossas imaginações
para o inteiramente outro de lugares e pessoas no tempo com os quais já não buscamos qualquer identidade.
Desdenhamos o passado na medida em que nos libertamos das autoritárias utopias e projetos de um futuro que, agora sabemos,
jamais chegará.
Falam da pálida vida dos tempos coletivamente vividos do qual de nenhuma maneira já não nos sentimos parte.
A morte do passado agora confunde-se com a decadência da memória como forma de codificação do mundo vivido.
A narrativa historiográfica encontra sua contemporâneidade na capacidade de despertar nossas imaginações
para o inteiramente outro de lugares e pessoas no tempo com os quais já não buscamos qualquer identidade.
Desdenhamos o passado na medida em que nos libertamos das autoritárias utopias e projetos de um futuro que, agora sabemos,
jamais chegará.
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