Perdi o tato de existir.
Já não sei minha vida
Em maçantes rotinas,
Em vazios e gritos
De solitárias melancolias.
Não sei se resisto,
Se busco
Ou fujo resignadamente
Da minha desesperada vontade
De atravessar o espelho...
Não sei...
Perdi o tato de existir.
Este Blog é destinado ao exercicio ludico de construção da minima moralia da individualidade humana; é expressão da individuação como meta e finalidade ontológica que se faz no dialogo entre o complexo outro que é o mundo e a multiplicidade de eus que nos define no micro cosmos de cada individualidade. Em poucas palavras, ele é um esforço de consciência e alma em movimento...entre o virtual, o real, o simbolo e o sonho.
sexta-feira, 10 de janeiro de 2014
terça-feira, 7 de janeiro de 2014
VAZIOS
Os vazios que me habitam estão mais cheios de coisas do que o mundo.
Quase não lhes contenho de tão farto do pouco da minha própria existência...
Queria explodir, me fazer outro, ou explorar o impreciso do vento até viver as últimas consequências todas essas coisas que me gritam por dentro...
Quase não lhes contenho de tão farto do pouco da minha própria existência...
Queria explodir, me fazer outro, ou explorar o impreciso do vento até viver as últimas consequências todas essas coisas que me gritam por dentro...
DESENCONTRO
Busquei reinventar a vida
Sem qualquer nostalgia de futuro,
Tentei desesperadamente
Reescrever minhas frases de dia a dia
E adivinhar qualquer outro
Rosto no espelho
Que não fosse aquele
Deste meu eu doente e pesado
De tantos passados.
Mas entre minha vontade e o mundo
Deu-se qualquer desencontro,
Qualquer hiato ou silêncio,
Que me desfez qualquer esperança
Na companhia de solidões diversas.
Sem qualquer nostalgia de futuro,
Tentei desesperadamente
Reescrever minhas frases de dia a dia
E adivinhar qualquer outro
Rosto no espelho
Que não fosse aquele
Deste meu eu doente e pesado
De tantos passados.
Mas entre minha vontade e o mundo
Deu-se qualquer desencontro,
Qualquer hiato ou silêncio,
Que me desfez qualquer esperança
Na companhia de solidões diversas.
segunda-feira, 6 de janeiro de 2014
AFORISMA SOBRE O DESTINO
O desinteresse pelo resultado de nossas ações é a melhor estratégia para se lidar com o acaso dos fatos. Pois estamos longe de sermos senhores de nosso destino. Não temos o mínimo controle sofre as infinitas variáveis que condicionam o rumo de nossa existência. A própria consciência é uma espécie de sonho.
sexta-feira, 3 de janeiro de 2014
MOMENTOS
Na realidade que se desfaz
Em cada instante.
Momentos que vivo sem brilho,
Sem arregalo de riso.
Surpreendendo uma realidade
Que quase não existe...
Que quase se desfaz em cacos e caos de memória;
Que quase acontece...
VARIÁVEIS....
Sei que no fundo a vida apenas segue apesar do peso dos anos e que, muitas vezes, a equação estabelecida pelas variáveis de nossas limitações e defeitos resulta em nossos mais caros acertos.....
Redundante dizer em função disso o quanto é equivocado qualquer ideal de perfeição...
quinta-feira, 2 de janeiro de 2014
DESCAMINHO
Abandonado pela sorte
E pelas certezas
Que aos outros
Inspira a vida,
Aprendi a andar sem chão,
Sem qualquer ilusão.
Desvelei no sumo
Da realidade
Coleções de desalentos
E paixões quebradas.
E pelas certezas
Que aos outros
Inspira a vida,
Aprendi a andar sem chão,
Sem qualquer ilusão.
Desvelei no sumo
Da realidade
Coleções de desalentos
E paixões quebradas.
RESIGNAÇÃO
Apartado dos sonhos
E do coração
Escrevi em silêncios
Minhas vontades de mundo,
Sabendo que,
Embora descrente,
Embora deserto,
Inquieto e perplexo,
Cabia apenas permanecer discreto
Em meio aos entulhos
Do caos dos dias....
E do coração
Escrevi em silêncios
Minhas vontades de mundo,
Sabendo que,
Embora descrente,
Embora deserto,
Inquieto e perplexo,
Cabia apenas permanecer discreto
Em meio aos entulhos
Do caos dos dias....
segunda-feira, 30 de dezembro de 2013
EXPECTATIVA
Fiquei aqui a espera
De qualquer coisa
Que o tempo
Não me trouxe.
Esqueci das horas,
Dos dias, dos anos...
Esqueci tão completamente,
Que já não acontecia
Entre as coisas todas,
Que já não me reconhecia
Diante do espelho.
A grande verdade
É que eu não vivia.
Apenas esperava
Sem grandes esperanças
Pelo tempo de viver.
ENQUANTO OS SONHOS DORMEM
Enquanto os sonhos dormem
Vou passear pelos cantos sujos
Das minhas meias verdades,
Beber o sol
Que me queima no copo,
Desvendar os limites
Da banalidade da realidade.
Enquanto os sonhos dormem
Vou me desfazer
Entre os devaneios e ilusões
Dos meus desertos mais íntimos.
Assinar:
Postagens (Atom)