Não quero mais saber
Da caduquice do mundo,
Dos limites de cada pessoa
Em meio ao caos
Dos atos e fatos
Que decoram de pesadelo
O absurdo do mundo.
Quero paz e silêncio
Na desconstrução de tudo.
Este Blog é destinado ao exercicio ludico de construção da minima moralia da individualidade humana; é expressão da individuação como meta e finalidade ontológica que se faz no dialogo entre o complexo outro que é o mundo e a multiplicidade de eus que nos define no micro cosmos de cada individualidade. Em poucas palavras, ele é um esforço de consciência e alma em movimento...entre o virtual, o real, o simbolo e o sonho.
sexta-feira, 25 de outubro de 2013
quarta-feira, 23 de outubro de 2013
A REBELDIA DE ESCREVER
Escrever é confrontar-se
Com o próprio destino,
Desconstruir o mundo
E emoções
No quase sentido vivido
De cada palavra.
Escrever é um ato de liberdade,
Uma busca,
Uma revolta...
Com o próprio destino,
Desconstruir o mundo
E emoções
No quase sentido vivido
De cada palavra.
Escrever é um ato de liberdade,
Uma busca,
Uma revolta...
CONFRONTO
Sentir é tão pouco
Viver tão vazio
Que pouco entendo
O labirinto dos outros.
Preciso viver além
Dos meus mais íntimos
Confortos,
Apostar no confronto,
Na luta diária
Contra todos....
Viver tão vazio
Que pouco entendo
O labirinto dos outros.
Preciso viver além
Dos meus mais íntimos
Confortos,
Apostar no confronto,
Na luta diária
Contra todos....
terça-feira, 22 de outubro de 2013
INTROSPECÇÃO
Fora de mim
Há um mundo
Que não me importa
Tanto quanto o profundo
Do lugar nenhum
De mim mesmo.
Então,
Seguirei inteiramente
Errante,
Totalmente alheio
As pessoas e coisas,
No pouco importar
De tudo
no escuro
do meu lugar nenhum.
Há um mundo
Que não me importa
Tanto quanto o profundo
Do lugar nenhum
De mim mesmo.
Então,
Seguirei inteiramente
Errante,
Totalmente alheio
As pessoas e coisas,
No pouco importar
De tudo
no escuro
do meu lugar nenhum.
DESENCONTRO
Tenho vivido de ausências
E reticencias,
Estado impreciso e incerto
Entre desejos e fatos,
Apático entre as coisas,
Alheio aos meus próprios
Atos.
Tenho de muitas maneiras
Faltado ao encontro
De mim mesmo.
E reticencias,
Estado impreciso e incerto
Entre desejos e fatos,
Apático entre as coisas,
Alheio aos meus próprios
Atos.
Tenho de muitas maneiras
Faltado ao encontro
De mim mesmo.
segunda-feira, 21 de outubro de 2013
AFORISMAS SOBRE A DESCONSTRUÇÃO DA SUBJETIVIDADE
O grande problema da subjetividade é sua própria ultrapassagem, a constatação pura e simples de sua virtualidade.
@
O sujeito é uma conveniente ilusão cognitiva.
Portanto, todo pensamento dever tornar-se descontínuo,
Fragmentado e contraditório.
@
O mundo não é como o vemos ou concebemos, mas somos como vemos o mundo.
@
O sujeito é uma conveniente ilusão cognitiva.
Portanto, todo pensamento dever tornar-se descontínuo,
Fragmentado e contraditório.
@
O mundo não é como o vemos ou concebemos, mas somos como vemos o mundo.
segunda-feira, 7 de outubro de 2013
CISCO
Há um cisco
Na palavra aberta
Nesta folha de papel.
Algo não faz sentido
E nisso reside
Todo significado do mundo.
O cisco é claro.
Apenas a palavra
É turva.
Palavra
Que se perde na voz
Das pessoas,
Alheia a si mesma,
Sem consciência das coisas.
quarta-feira, 2 de outubro de 2013
ANOITECER
Solitário diante
Do desaparecer da tarde
Espero a noite chegar
Para abrandar
A febre do querer
Que me consome o desejo,
Que me rouba imaginações
E futuros.
Preciso dormir
Tão profundamente
Quanto sonha um morto.
Aceitar minha dor
E meu rosto.
Do desaparecer da tarde
Espero a noite chegar
Para abrandar
A febre do querer
Que me consome o desejo,
Que me rouba imaginações
E futuros.
Preciso dormir
Tão profundamente
Quanto sonha um morto.
Aceitar minha dor
E meu rosto.
segunda-feira, 30 de setembro de 2013
O NONSENSE DO ENIGMA COMO LINGUAGEM
O silêncio de uma mensagem codificada é o que define um enigma. Ele pressupõe um sentido oculto ou destinado a um entendimento restrito e seletivo. Trata-se aqui do ”dizer fechado”, de um significado invisível, que não se reduz a uma simples charada.
Ouso aqui afirmar que o enigma pode ser, em outras palavras, uma modalidade de linguagem, de codificação de mundo, onde a pragmática do discurso é substituída pela sua desfuncionalidade quase alegórica. Assim, nos comunicamos substituindo aquilo que queremos verbalizar por enunciados diversos cuja referência a nossos reais afirmações só pode ser alcançado de modo intuitivo ou associativo.
Evidentemente expresso aqui uma imagem bem heterodoxa e subjetiva do enigma. Mas o fato é que não raramente somos vitimas deste tipo de jogo de linguagem, ou “dizer psicologizado” onde o interlocutor deliberadamente procura nos comunicar alguma coisa de modo sutil e dissimulado fazendo referência a outra.
Eis um pequeno exemplo: Imagine alguém dizendo que se sente profundamente sozinho justamente para aquela pessoa a qual se julga enamorado.
Se para o leitor tal estratégia pode ser reduzida pura e simplesmente a um simples artifício de dissimulação muito simpático a imaginação feminina, o fato é que há um algo mais aqui. Muitos interditos condicionam a cotidiana arte da conversação. Não somos livres para falar tudo o que pensamos e utilizamos um outro de nossos enunciados para dizer aquilo que não nos é confortável dizer claramente. É assim que penso o enigma como uma modalidade de linguagem fundada no não ser, se é que cabe aqui o termo, de nossas palavras.
Muitas vezes não dizemos o que queremos, mas apenas aquilo que sob certas circunstâncias nos foi possível dizer. Sempre que o fazemos utilizamos o enigma como linguagem, mesmo que nossos interlocutores, para o bem ou para o mal, não sejam capazes de compreender o paradoxo do dizer não dito.
sexta-feira, 27 de setembro de 2013
NOTA SOBRE O INCOMENSURÁVEL DOS ATOS E PALAVRAS
Pouco temos controle sobre as nossas vidas, sobre o nosso destino ou a intencionalidade de nossos atos. Tudo cedo ou tarde contraria nossas expectativas, segue o sem rumo das situações naufragas que colecionamos ao longo do tempo.
Tudo que fazemos ou dizemos comporta mais significados e interpretações do que a migalha de intenções escritas em nossos encaminhamentos conscientes.
Tudo que fazemos ou dizemos comporta mais significados e interpretações do que a migalha de intenções escritas em nossos encaminhamentos conscientes.
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