sábado, 23 de junho de 2012

AS RUAS DA MINHA INFÂNCIA


As ruas da minha infância
Já não exibem o mesmo rosto,
Os mesmos cheiros e sabores,
Que dentro de mim guardei
Em dias há muito perdidos.
Exibem hoje apenas vagos vestígios
Dos passados que um dia percorri
Através delas em absolutos de agora.
As ruas da minha infância
Já não me dizem qualquer infância...

PASSA TEMPO


A forma das horas
São definidas
Pelo nosso sentimento
De cada momento.
Pois somos feitos do passar das coisas
Moldadas pelo pensamento
Que em segundo nos ultrapassa nos sentidos
Em direção ao concreto finito
Do possível de cada dia...

domingo, 17 de junho de 2012

MISTERIOSO DIA


Tenho apenas o dia
Espelhado
Em retalho de tempo.
Apenas este dia...
E ele não cabe
Em qualquer mês
Ou ano de calendário
E regrada existência.
Talvez não exista,
Não passe de um bastardo filho
De minhas mais inconscientes
Imaginações.
Mas é nele que me preparto
Para todas as possibilidades
De meus possíveis futuros...  

quarta-feira, 13 de junho de 2012

NOTA SOBRE A NOSTALGIA


A nostalgia é um modo de não cultivar o passado, mas busca-lo como alegoria dos vazios de nossos próprios e múltiplos presentes vividos.
Quanto mais precisamos de passados , menos cultivamos futuros e possibilidades de rasgar o tempo de nossas vivas coletâneas de fotografias do real sentido em memórias, não percebemos que mesmo aquilo que não passa, nossas continuidades, se transformam continuamente...

terça-feira, 12 de junho de 2012

NOTA SOBRE A SINGULARIDADE HUMANA


Não há limites para a capacidade de expressão e codificação da realidade que acontece em cada ser humano.
A criatividade é a máxima virtude de nossa condição de membros desta estranha espécie de animais que habitam a terra.
 
A irreverência é a essência de nossa  particular unicidade onde o racional e o irracional se encontram em um único horizonte cognitivo inspirado pelas formas e conteúdos mais profundos da palavra liberdade...

LUGARES


Todas as paisagens nos tornam pequenos, nos fazem sentir  menores do que realmente somos no fluxo das experiências sensoriais do quadro vivo que é o sentimento de todo lugar onde o corpo se realiza no tempo e espaço de cotidianas emoções .
Cada canto de mundo guarda memórias de consciência, de individual acontecer humano cujos vestígios se perdem na paisagem em movimento...