O passado tem
um lugar no cérebro: lobo temporal, região que apresenta um
significativo envolvimento com a memória. Ele está localizado abaixo do osso
temporal (acima das orelhas). É assim chamado porque os cabelos nesta região
frequentemente são os primeiros a ser tornarem brancos com o tempo. O fato é que existem consideráveis evidências
que o apontam como sendo particularmente importante para armazenar eventos
passados...
Este Blog é destinado ao exercicio ludico de construção da minima moralia da individualidade humana; é expressão da individuação como meta e finalidade ontológica que se faz no dialogo entre o complexo outro que é o mundo e a multiplicidade de eus que nos define no micro cosmos de cada individualidade. Em poucas palavras, ele é um esforço de consciência e alma em movimento...entre o virtual, o real, o simbolo e o sonho.
domingo, 27 de maio de 2012
NOTA SOBRE A EXISTENCIA
Existir é um permanente ensaio de
individuação, a busca espontânea por uma consciência cada vez mais complexa
daquilo que nos define a realidade através de nós mesmos.
Existir é a realização da
instabilidade no micro universo da soma de coisas que somos como indivíduos que se percebem como parte do devir de uma
constantemente provisória codificação de
mundo ....
ANTI MEMÓRIA
Meu passado está mais nas coisas
das quais não me lembro do que no pequeno acervo de minhas pálidas lembranças
que orientam o agora dos fatos.
No fundo, as lembranças são
apenas uma aleatória escolha além de todo pensamento de uma consciência vaga do
tempo vivido e perdido na soma inconcebível das coisas que definem os dias em que existimos ...
sexta-feira, 18 de maio de 2012
INTIMIDADE E NOSTALGIA
Nos hiatos entre momentos, vivo o intimo de minhas percepções das coisas a ponto de deixar a existência em segundo plano. O mundo em volta parece agora uma opaca versão de si mesmo em meu eu perdido entre sensações, lembranças e tédios.
Afinal, já não me reconheço nas rotinas, nos lugares e pessoas que diariamente me frequentam o cérebro na celebração vazia do simples vivido.
Percebo que existo mais em lembranças e tempos mortos do que no presente que me devora e grita nas horas.
Tantos rostos me habitam, tantas pessoas/destinos me cruzaram o caminho e seguiram seu curso intimo de adeus, que já nem mais me sei...
O que sou hoje é a soma de minhas perdas, o desfazer-se constante de tudo aquilo que é...
segunda-feira, 14 de maio de 2012
SOLITUDE
Recolhido as inercias de minhas certezas,
ao cotidiano de ilusões e sentimentos
que me limitam,
sei o mundo apenas
através da janela
da minha cela de existência.
Sei quase nada,
Enquanto milhões de destinos
Acontecem por ai
Ofuscando uns aos outros
Na confusão do acontecer da existência.
ao cotidiano de ilusões e sentimentos
que me limitam,
sei o mundo apenas
através da janela
da minha cela de existência.
Sei quase nada,
Enquanto milhões de destinos
Acontecem por ai
Ofuscando uns aos outros
Na confusão do acontecer da existência.
FINITUDE
Não faz diferença se estamos
Em terra, mar
Ou em qualquer
Exótica parte de mundo,
Todos os lugares
São iguais para o tempo
Que nos consome.
Sujeitos aos seus caprichos
Seguimos a vida
Negando a cruel certeza
De nossa intimo nada....
É isso que nos faz
Humanos no abstrato
Da mais banal finitude...
sexta-feira, 11 de maio de 2012
A PERMANENÇA DO NOVO
Talvez seja tarde demais para mudar de tempo, deixar para traz tudo aquilo que se perdeu em vontades e verdades de momento, como se todos os futuros não fossem um ato de passado urgente.
Apesar disso, reinventar permanentemente o efêmero na urgência das pequenas coisas é uma premissa do acontecer da vida, uma necessidade de consciência que nunca se esgota.
Serei, portanto, amanhã qualquer outro de mim mesmo tropeçando no tempo até o limite do caos do meu vago sentimento de mundo através de lugares e pessoas.
Serei em um tudo, no mais profundo sentido, apenas um individuo desfeito entre o acontecer das coisas...
segunda-feira, 7 de maio de 2012
O NOVO DOS DIAS
Vivemos no tempo do vento,
Do transformar-se aleatório
E constante
Das coisas que compõem a existência.
Percorremos serenamente atônicos
Os labirintos da consciência
Em busca de qualquer imagem
Ou palavra
Que nos reapresente o mundo
Entre as ruinas das imaginações
Passadas e perdidas
Como uma possibilidade futura...
Do transformar-se aleatório
E constante
Das coisas que compõem a existência.
Percorremos serenamente atônicos
Os labirintos da consciência
Em busca de qualquer imagem
Ou palavra
Que nos reapresente o mundo
Entre as ruinas das imaginações
Passadas e perdidas
Como uma possibilidade futura...
NOTA SOBRE O PARTICULARISMO
A Contemporaneidade reinventou a dimensão privada da vida elevando-a a um status novo no devir social. Agora os particularismos se tornaram preeminentes no acontecer da diversidade cultural que nos define enquanto coletividade humana.
Os pequenos interesses de todos os dias, nossas representações privadas do acontecer das coisas ou, simplesmente, nossas micro demandas, são cada vez mais visíveis no cenário publico, tornam-se cada vez mais parte de seu próprio acontecer.
O mundo apenas palidamente ainda é representado a partir de premissas ou valores universais, pois estamos diante de uma tendência radical à afirmação de uma cultura das diferenças inspirada pela concretude e imediatismo de nossas causas públicas. Novidade que desencadeia singulares preções sobre as representações mais conservadoras do mundo cotidianamente vivido.
ATEMPORALIDADE
Livre de todos os futuros, procuro reinventar o presente no redimensionamento de todos os meus passados, no assombroso explodir do aqui e agora na justaposição de imagens atemporais que configuram em todos os tempos a nudez do agora.
Coleciono sentimentos e retratos do mundo que nascem sem data, sem marcas de lugares e momentos, para habitar os artificiais paraísos da mais imediata memoria das coisas que inspiram evasões e devaneios sem o peso do tempo que me passa agora...
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