Perdendo do tempo
O rumo
Nos abismos do agora,
Recolho cacos
De horas quebradas
Desfazendo futuros
E imaginações,
Reinventando o tempo
Nos olhos de pensamentos perdidos
No fosco de alguma paisagem...
Este Blog é destinado ao exercicio ludico de construção da minima moralia da individualidade humana; é expressão da individuação como meta e finalidade ontológica que se faz no dialogo entre o complexo outro que é o mundo e a multiplicidade de eus que nos define no micro cosmos de cada individualidade. Em poucas palavras, ele é um esforço de consciência e alma em movimento...entre o virtual, o real, o simbolo e o sonho.
segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
METAMORFOSES NATALINAS
Desde Marcel Mauss sabemos da importância da pratica da troca de presentes como uma componente relevante do imaginário das sociedades arcaicas e também de nossas sociedades contemporâneas.
Expressão da construção de vínculos e alianças, gostem ou não os religiosos, o arcaico costume da troca de presentes é, por exemplo, a essência da celebração contemporânea do natal. Trata-se hoje mais de uma data consagrada ao consumo e ao lazer do que propriamente uma celebração religiosa cujas origens remontam a antiga cultura pagã do norte da Europa. Prova disso é que o natal vem ganhando mundo a fora, formas cada vez mais heterodoxas de celebração. Talvez logo seja impossível falar do natal no singular....
Mas para ser breve, limitar-me-ei aqui a afirmar que nenhuma outra celebração rompeu tanto com suas formatações tradicionais e conservadoras e se reinventa nas metamorfoses da contemporaneidade do que o natal...
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
DEVIR E EXISTÊNCIA
A existência
Me atravessa no tempo,
Passa através de mim
Em cada acontecimento
Que inventa o mundo,
Que me desfaz aos poucos,
Nas rotinas da casa e do rosto
Com os quais provisoriamente decoro
As inquietudes de minha intima finitude...
domingo, 18 de dezembro de 2011
NOTA SOBRE A CONDIÇÃO HUMANA
Tudo que temos é a aventura do aqui e do agora, o dia presente que nos acorda no auvoroço das horas que aleatoriamente preenchemos com atos sem direção. Existimos como um complexo conjunto de fenômenos físico-químicos projetados no abstrato de cada pensamento possível. Eis aqui o grande paradoxo da condição humana...
UM POEMA DE EMILY DICKNSON
“Senti na mente esta rasgadura-
Como se o cérebro se cindisse;
Tento acertar costura com costura,
Mas não há nada que as fixe.
O pensamento atrás com o adiante,
Em ajuntá-los me desvelo,
Mas a sequência se esfia sem que a alcance-
Tal qual no chão rolam novelos”
EMILY DICKINSON
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
OSCILAÇÕES
Nunca quis na vida
Ter tudo aquilo que quero,
Gasto o meu tempo
Tentando manter o que tenho
Contra os constantes furtos
Do passar do tempo
E surpreendentes variações
De mim mesmo...
Ter tudo aquilo que quero,
Gasto o meu tempo
Tentando manter o que tenho
Contra os constantes furtos
Do passar do tempo
E surpreendentes variações
De mim mesmo...
CONDIÇÃO HUMANA
Somos feitos de desejos
Em uma vida inspirada
Pela realização
De pequenas vontades
Que nos definem
Em cotidiano e mundo,
Colecionamos ansiedades
Na brandura de imprescindíveis vazios...
Em uma vida inspirada
Pela realização
De pequenas vontades
Que nos definem
Em cotidiano e mundo,
Colecionamos ansiedades
Na brandura de imprescindíveis vazios...
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
VIVENDO O VENTO
Meu futuro
Não existe
Foro do agora,
De seguir o vento
Colecionando rostos,
Memórias e lugares,
Até perder da vida
Todas as definições possíveis,
Através das vivencias múltiplas de um acaso
Quase infinito de imaginações e sombras.
segunda-feira, 5 de dezembro de 2011
RETRÔ E CONTEMPORÂNEIDADE
Quando experimentado como uma modalidade de evasão do tempo presente, o passado, ou mais propriamente, sua vivência através de manifestações artísticas, como aquela que tem lugar através do culto a filmes antigos, a música ou literatura de outras épocas, relativamente próximas ou muito distantes, constituem algo mais do que mera nostalgia. Personificam uma recodificação do agora e do próprio passado através da construção de um mosaico de referências simbólicas atemporais que desconstroem definitivamente o conceito de progresso tal como concebido na Europa dos oitocentos. Trata-se de uma contemporânea e sutil virtualização da vida cotidiana que torna o retrô uma linguagem nova que desloca o passado do próprio passado...
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