Desde Marcel Mauss sabemos da importância da pratica da troca de presentes como uma componente relevante do imaginário das sociedades arcaicas e também de nossas sociedades contemporâneas.
Expressão da construção de vínculos e alianças, gostem ou não os religiosos, o arcaico costume da troca de presentes é, por exemplo, a essência da celebração contemporânea do natal. Trata-se hoje mais de uma data consagrada ao consumo e ao lazer do que propriamente uma celebração religiosa cujas origens remontam a antiga cultura pagã do norte da Europa. Prova disso é que o natal vem ganhando mundo a fora, formas cada vez mais heterodoxas de celebração. Talvez logo seja impossível falar do natal no singular....
Mas para ser breve, limitar-me-ei aqui a afirmar que nenhuma outra celebração rompeu tanto com suas formatações tradicionais e conservadoras e se reinventa nas metamorfoses da contemporaneidade do que o natal...