Tudo que temos é a aventura do aqui e do agora, o dia presente que nos acorda no auvoroço das horas que aleatoriamente preenchemos com atos sem direção. Existimos como um complexo conjunto de fenômenos físico-químicos projetados no abstrato de cada pensamento possível. Eis aqui o grande paradoxo da condição humana...
Este Blog é destinado ao exercicio ludico de construção da minima moralia da individualidade humana; é expressão da individuação como meta e finalidade ontológica que se faz no dialogo entre o complexo outro que é o mundo e a multiplicidade de eus que nos define no micro cosmos de cada individualidade. Em poucas palavras, ele é um esforço de consciência e alma em movimento...entre o virtual, o real, o simbolo e o sonho.
domingo, 18 de dezembro de 2011
UM POEMA DE EMILY DICKNSON
“Senti na mente esta rasgadura-
Como se o cérebro se cindisse;
Tento acertar costura com costura,
Mas não há nada que as fixe.
O pensamento atrás com o adiante,
Em ajuntá-los me desvelo,
Mas a sequência se esfia sem que a alcance-
Tal qual no chão rolam novelos”
EMILY DICKINSON
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
OSCILAÇÕES
Nunca quis na vida
Ter tudo aquilo que quero,
Gasto o meu tempo
Tentando manter o que tenho
Contra os constantes furtos
Do passar do tempo
E surpreendentes variações
De mim mesmo...
Ter tudo aquilo que quero,
Gasto o meu tempo
Tentando manter o que tenho
Contra os constantes furtos
Do passar do tempo
E surpreendentes variações
De mim mesmo...
CONDIÇÃO HUMANA
Somos feitos de desejos
Em uma vida inspirada
Pela realização
De pequenas vontades
Que nos definem
Em cotidiano e mundo,
Colecionamos ansiedades
Na brandura de imprescindíveis vazios...
Em uma vida inspirada
Pela realização
De pequenas vontades
Que nos definem
Em cotidiano e mundo,
Colecionamos ansiedades
Na brandura de imprescindíveis vazios...
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
VIVENDO O VENTO
Meu futuro
Não existe
Foro do agora,
De seguir o vento
Colecionando rostos,
Memórias e lugares,
Até perder da vida
Todas as definições possíveis,
Através das vivencias múltiplas de um acaso
Quase infinito de imaginações e sombras.
segunda-feira, 5 de dezembro de 2011
RETRÔ E CONTEMPORÂNEIDADE
Quando experimentado como uma modalidade de evasão do tempo presente, o passado, ou mais propriamente, sua vivência através de manifestações artísticas, como aquela que tem lugar através do culto a filmes antigos, a música ou literatura de outras épocas, relativamente próximas ou muito distantes, constituem algo mais do que mera nostalgia. Personificam uma recodificação do agora e do próprio passado através da construção de um mosaico de referências simbólicas atemporais que desconstroem definitivamente o conceito de progresso tal como concebido na Europa dos oitocentos. Trata-se de uma contemporânea e sutil virtualização da vida cotidiana que torna o retrô uma linguagem nova que desloca o passado do próprio passado...
domingo, 4 de dezembro de 2011
terça-feira, 29 de novembro de 2011
O DIA E O TÉDIO
Hoje
Será apenas
Uma data vazia
Em calendário
E rotina
Na qual a vida
Aquietara-se tímida
Entre as quatro paredes
Do mero cotidiano.
Hoje
Tudo que terei
Será a mera alternância
Do céu e da lua
No vazio de um céu qualquer.
A INERCIA DA LIBERDADE
Sempre chega
Um tempo
Em que aprendemos
A viver de adiamentos,
A sofrer sonhos
Enquanto os dias
Passam por nós
Pela janela aberta...
Trata-se de um tempo
De inércias
Onde o rosto
Se perde
No ralo da pia
E nos libertamos no vento...
Um tempo
Em que aprendemos
A viver de adiamentos,
A sofrer sonhos
Enquanto os dias
Passam por nós
Pela janela aberta...
Trata-se de um tempo
De inércias
Onde o rosto
Se perde
No ralo da pia
E nos libertamos no vento...
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