Este Blog é destinado ao exercicio ludico de construção da minima moralia da individualidade humana; é expressão da individuação como meta e finalidade ontológica que se faz no dialogo entre o complexo outro que é o mundo e a multiplicidade de eus que nos define no micro cosmos de cada individualidade. Em poucas palavras, ele é um esforço de consciência e alma em movimento...entre o virtual, o real, o simbolo e o sonho.
quarta-feira, 7 de abril de 2010
PESSOAL ANONIMATO
Sei que sou apenas
Qualquer pessoa
Aos olhos dos outros.
Uma opaca realidade
De carne e osso
Sem significativa substancia,
Qualquer incerta coisa de mundo
Que lentamente se acaba no tempo
Ferindo esquecimentos
E inventando memórias...
sexta-feira, 2 de abril de 2010
SIGNIFICADO DO PÓS MODERNISMO
A teoria da pos modernidade, em suas tantas formulações e versões, pressupõe a hipótese de que vivemos em uma época de transição e desconstruções.
Contra o télos histórico da modernidade, o ideal abstrato de uma emancipação humana através de um projeto racional, a pós modernidade sustenta uma releitura do micro-universo do efêmero, do anedótico e singular.
Desfazendo os universais de inspiração metafísica, afirma uma imagem de mundo fundada no ilegível da condição humana e no aleatório devir de todas as coisas entre arte e ciência...
quinta-feira, 1 de abril de 2010
LARGE HADRON COLLIDER- LHC: A FRONTEIRA FINAL...
O Grande Colisor de Hádrons ( Large Hadron Collider - LHC) , o maior acelerador de partículas e o de maior energia existente , localizado em um tunel na fronteira franco-suiça, cujo maior objetivo é a colisão de feixes de partículas carregadas, tanto de prótons a uma energia de 7 TeV (1,12 microjoules) por partícula, quanto núcleos de chumbo a energia de 574 TeV (92,0 microjoules) por núcleo, realizou na última terça feira seu maior feito ao produzir um big bang em miniatura que segundo os especialistas inaugura uma nova era na história da na fisica moderna.
Uma dos principais objetivos da experiência é a identificação da chamada “partícula de Deus” ou Bóson de Higgs, a única partícula que integra o modelo padrão do universo e que ainda não foi observada. Até agora, nenhum experimento detectou diretamente a existência do Bóson de Higgs, embora haja alguma evidência indireta de sua existência.
O fato é que nos aproximamos cada vez mais de uma representação do universo onde a imagem de um telos, onde uma divindade como principio, torna-se obsoleta e incapaz de dar conta da complexidade da existencia. Em outros termos, a linguagem cientifica é cada vez mais uma linguagem desafiadora dos costumes e convenções que sustentam o imaginário social.
terça-feira, 30 de março de 2010
O TEMPO DENTRO DAS COISAS
O dia ganhou
Um gosto de tristeza antiga
Enquanto o sol caía
Sobre as ruas
Ofuscando cores e coisas.
Tudo se encontrava em silêncio,
Espalhado no tempo
Entre desaparecimentos e inércias...
Em cada canto
Faziam-se ouvir ecos de perdidas realidades.
Nada era mais importante do que o passado enterrado
Na melancolia que vestia cada objeto.
Um gosto de tristeza antiga
Enquanto o sol caía
Sobre as ruas
Ofuscando cores e coisas.
Tudo se encontrava em silêncio,
Espalhado no tempo
Entre desaparecimentos e inércias...
Em cada canto
Faziam-se ouvir ecos de perdidas realidades.
Nada era mais importante do que o passado enterrado
Na melancolia que vestia cada objeto.
STATES OF CONSCIOUSNESS
Fascina-me a paixão
Acordada por cada objeto
Que me decora a vida,
O pensamento das coisas
Dispersas em paisagens intimas
E a ilimitada busca de certeza
Para os cotidianos atos
Que me sustentam a existência.
Cada dia é como um sonho estranho
Ou reminiscência da indeterminação abstrata
De tudo aquilo que me cerca...
sexta-feira, 26 de março de 2010
SILENCE
Despido de compromissos,
Agendas e relógios,
Dedico-me simplesmente
A passar o tempo,
Esquecer os jornais
E o mundo
Brincando de ser
Eu mesmo
Em domesticas paisagens
De agitado silêncio...
Agendas e relógios,
Dedico-me simplesmente
A passar o tempo,
Esquecer os jornais
E o mundo
Brincando de ser
Eu mesmo
Em domesticas paisagens
De agitado silêncio...
LAST YEARS MODEL
Tenho aprendido
A andar para traz,
Trilhar passados
E sentimentos de vida
Calados no fundo do tempo.
Tenho me reconstruído
Até o limite de idades
Sem saber direito
Aquilo que me fez o futuro...
A andar para traz,
Trilhar passados
E sentimentos de vida
Calados no fundo do tempo.
Tenho me reconstruído
Até o limite de idades
Sem saber direito
Aquilo que me fez o futuro...
sábado, 20 de março de 2010
TEMPO E CONTEMPORANEIDADE II
No mundo contemporâneo nossas representações do fenômeno da temporalidade vem se modificando significativamente. O tempo já não é mais concebível em si mesmo, mas como uma dimensão do próprio acontecer natural das coisas mateirais. A temporalidade passa a ser codificada pela sua relação com a imanência tornando-se uma espécie de abstração epidérmica que define a dramatis persona da própria condição humana.
Em outros termos, se a temporalidade moderna é linear, quantificavel, e ainda presa a um modelo teleológico de inspiração religiosa, o tempo pós moderno é material, múltiplo, e personifica o próprio fluir constante e aleatório de todas as coisas reveladas espacialmente a experiência de cada individuo.
Hoje em dia é pertinente nos indagarmos sobre “O QUE É O TEMPO?” para refazer nossas mais caras e convencionais premissas cotidianas.
TEMPO E CONTEMPORANEIDADE I
As novas tecnologias e linguagens digitais estão transformando gradativamente nossa percepção do tempo/realidade, alterando as codificações tradicionais de memória social a ponto de dilatar o presente através de um mosaico de citações culturais descontextualizadas.
Somos cada vez mais consumidores de imagens e informações transitando em um espaço socialmente vivido fraturado.
Qualquer identidade hoje possível só pode ser experimentada como simulação, pois já não existe algo como uma “consciência histórica” organizando as representações e vivencias do passado.
Nunca fomos tão livres do peso das tradições e costumes...
quinta-feira, 18 de março de 2010
NOTHING
Há horas em que tudo que me importa
É simplesmente poder parar o tempo
E o mundo,
Mergulhar profundamente
Em preguiças e inercias
Desvendando vazios e infâncias
Nas gotas da tarde de outono.
Tais momentos
Não cabem em qualquer pensamento,
Não se perdem em palavras,
Apenas acontecem
Como uma necessidade estranha
De provar o gosto do nada
Estático entre as coisas....
É simplesmente poder parar o tempo
E o mundo,
Mergulhar profundamente
Em preguiças e inercias
Desvendando vazios e infâncias
Nas gotas da tarde de outono.
Tais momentos
Não cabem em qualquer pensamento,
Não se perdem em palavras,
Apenas acontecem
Como uma necessidade estranha
De provar o gosto do nada
Estático entre as coisas....
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