quinta-feira, 1 de abril de 2010

LARGE HADRON COLLIDER- LHC: A FRONTEIRA FINAL...

O Grande Colisor de Hádrons ( Large Hadron Collider - LHC) , o maior acelerador de partículas e o de maior energia existente , localizado em um tunel na fronteira franco-suiça, cujo maior objetivo é a colisão de feixes de partículas carregadas, tanto de prótons a uma energia de 7 TeV (1,12 microjoules) por partícula, quanto núcleos de chumbo a energia de 574 TeV (92,0 microjoules) por núcleo, realizou na última terça feira seu maior feito ao produzir um big bang em miniatura que segundo os especialistas inaugura uma nova era na história da na fisica moderna.



Uma dos principais objetivos da experiência é a identificação da chamada “partícula de Deus” ou Bóson de Higgs, a única partícula que integra o modelo padrão do universo e que ainda não foi observada. Até agora, nenhum experimento detectou diretamente a existência do Bóson de Higgs, embora haja alguma evidência indireta de sua existência.



O fato é que nos aproximamos cada vez mais de uma representação do universo onde a imagem de um telos, onde uma divindade como principio, torna-se obsoleta e incapaz de dar conta da complexidade da existencia. Em outros termos, a linguagem cientifica é cada vez mais uma linguagem desafiadora dos costumes e convenções que sustentam o imaginário social.

terça-feira, 30 de março de 2010

O TEMPO DENTRO DAS COISAS

O dia ganhou



Um gosto de tristeza antiga


Enquanto o sol caía


Sobre as ruas


Ofuscando cores e coisas.


Tudo se encontrava em silêncio,


Espalhado no tempo


Entre desaparecimentos e inércias...






Em cada canto


Faziam-se ouvir ecos de perdidas realidades.


Nada era mais importante do que o passado enterrado


Na melancolia que vestia cada objeto.

STATES OF CONSCIOUSNESS


Fascina-me a paixão



Acordada por cada objeto


Que me decora a vida,


O pensamento das coisas


Dispersas em paisagens intimas


E a ilimitada busca de certeza


Para os cotidianos atos


Que me sustentam a existência.


Cada dia é como um sonho estranho


Ou reminiscência da indeterminação abstrata


De tudo aquilo que me cerca...

sexta-feira, 26 de março de 2010

SILENCE

Despido de compromissos,

Agendas e relógios,
Dedico-me simplesmente
A passar o tempo,
Esquecer os jornais
E o mundo
Brincando de ser
Eu mesmo
Em domesticas paisagens
De agitado silêncio...

LAST YEARS MODEL

Tenho aprendido

A andar para traz,
Trilhar passados
E sentimentos de vida
Calados no fundo do tempo.

Tenho me reconstruído
Até o limite de idades
Sem saber direito
Aquilo que me fez o futuro...

sábado, 20 de março de 2010

TEMPO E CONTEMPORANEIDADE II


No mundo contemporâneo nossas representações do fenômeno da temporalidade vem se modificando significativamente. O tempo já não é mais concebível em si mesmo, mas como uma dimensão do próprio acontecer natural das coisas mateirais. A temporalidade passa a ser codificada pela sua relação com a imanência tornando-se uma espécie de abstração epidérmica que define a dramatis persona da própria condição humana.
Em outros termos, se a temporalidade moderna é linear, quantificavel, e ainda presa a um modelo teleológico de inspiração religiosa, o tempo pós moderno é material, múltiplo, e personifica o próprio fluir constante e aleatório de todas as coisas reveladas espacialmente a experiência de cada individuo.
Hoje em dia é pertinente nos indagarmos sobre “O QUE É O TEMPO?” para refazer nossas mais caras e convencionais premissas cotidianas.

TEMPO E CONTEMPORANEIDADE I

As novas tecnologias e linguagens digitais estão transformando gradativamente nossa percepção do tempo/realidade, alterando as codificações tradicionais de memória social a ponto de dilatar o presente através de um mosaico de citações culturais descontextualizadas.
Somos cada vez mais consumidores de imagens e informações transitando em um espaço socialmente vivido fraturado.
Qualquer identidade hoje possível só pode ser experimentada como simulação, pois já não existe algo como uma “consciência histórica” organizando as representações e vivencias do passado.
Nunca fomos tão livres do peso das tradições e costumes...

quinta-feira, 18 de março de 2010

NOTHING

Há horas em que tudo que me importa

É simplesmente poder parar o tempo
E o mundo,
Mergulhar profundamente
Em preguiças e inercias
Desvendando vazios e infâncias
Nas gotas da tarde de outono.
Tais momentos
Não cabem em qualquer pensamento,
Não se perdem em palavras,
Apenas acontecem
Como uma necessidade estranha
De provar o gosto do nada
Estático entre as coisas....







terça-feira, 16 de março de 2010

NOTA SOBE A FILOSOFIA DA LINGUAGEM DE WITTGENSTEIN


O que há de mais fascinante na filosofia de Wittgentein é o fato de subverter radicalmente os princípios da lógica tradicional. Nela, a essência da linguagem, seu significado pragmático e profundo, é expresso na própria gramática, nos fatos contingentes condicionados as regras que perpassam sua aplicação cotidiana e imediata.
Assim, todas as formas possíveis de discurso são niveladas a um antropocentrismo radical que descarta toda “metafísica” ou principio transcendente como fonte de significação do fenômeno lingüístico.
Em outros termos, alem dos usos cotidianos e humanos, demasiadamente humanos, não existe lógica a ser sustentada no exercício e acontecer de nossas codificações elementares e mais sofisticadas de realidade e mundo.

LEMBRANÇAS

Certas lembranças

Duram o tempo
De uma vida.
Outras se quer
Um dia.
Mas ambas se perdem
No correr do presente
Que nos abandona e afaga
No cotidiano dos atos e acontecimentos
Que quase não dizem nada
No profundo superficial
De cotidiano e existência
Que nos prende aos fatos...