O dia ganhou
Um gosto de tristeza antiga
Enquanto o sol caía
Sobre as ruas
Ofuscando cores e coisas.
Tudo se encontrava em silêncio,
Espalhado no tempo
Entre desaparecimentos e inércias...
Em cada canto
Faziam-se ouvir ecos de perdidas realidades.
Nada era mais importante do que o passado enterrado
Na melancolia que vestia cada objeto.
Este Blog é destinado ao exercicio ludico de construção da minima moralia da individualidade humana; é expressão da individuação como meta e finalidade ontológica que se faz no dialogo entre o complexo outro que é o mundo e a multiplicidade de eus que nos define no micro cosmos de cada individualidade. Em poucas palavras, ele é um esforço de consciência e alma em movimento...entre o virtual, o real, o simbolo e o sonho.
terça-feira, 30 de março de 2010
STATES OF CONSCIOUSNESS
Fascina-me a paixão
Acordada por cada objeto
Que me decora a vida,
O pensamento das coisas
Dispersas em paisagens intimas
E a ilimitada busca de certeza
Para os cotidianos atos
Que me sustentam a existência.
Cada dia é como um sonho estranho
Ou reminiscência da indeterminação abstrata
De tudo aquilo que me cerca...
sexta-feira, 26 de março de 2010
SILENCE
Despido de compromissos,
Agendas e relógios,
Dedico-me simplesmente
A passar o tempo,
Esquecer os jornais
E o mundo
Brincando de ser
Eu mesmo
Em domesticas paisagens
De agitado silêncio...
Agendas e relógios,
Dedico-me simplesmente
A passar o tempo,
Esquecer os jornais
E o mundo
Brincando de ser
Eu mesmo
Em domesticas paisagens
De agitado silêncio...
LAST YEARS MODEL
Tenho aprendido
A andar para traz,
Trilhar passados
E sentimentos de vida
Calados no fundo do tempo.
Tenho me reconstruído
Até o limite de idades
Sem saber direito
Aquilo que me fez o futuro...
A andar para traz,
Trilhar passados
E sentimentos de vida
Calados no fundo do tempo.
Tenho me reconstruído
Até o limite de idades
Sem saber direito
Aquilo que me fez o futuro...
sábado, 20 de março de 2010
TEMPO E CONTEMPORANEIDADE II
No mundo contemporâneo nossas representações do fenômeno da temporalidade vem se modificando significativamente. O tempo já não é mais concebível em si mesmo, mas como uma dimensão do próprio acontecer natural das coisas mateirais. A temporalidade passa a ser codificada pela sua relação com a imanência tornando-se uma espécie de abstração epidérmica que define a dramatis persona da própria condição humana.
Em outros termos, se a temporalidade moderna é linear, quantificavel, e ainda presa a um modelo teleológico de inspiração religiosa, o tempo pós moderno é material, múltiplo, e personifica o próprio fluir constante e aleatório de todas as coisas reveladas espacialmente a experiência de cada individuo.
Hoje em dia é pertinente nos indagarmos sobre “O QUE É O TEMPO?” para refazer nossas mais caras e convencionais premissas cotidianas.
TEMPO E CONTEMPORANEIDADE I
As novas tecnologias e linguagens digitais estão transformando gradativamente nossa percepção do tempo/realidade, alterando as codificações tradicionais de memória social a ponto de dilatar o presente através de um mosaico de citações culturais descontextualizadas.
Somos cada vez mais consumidores de imagens e informações transitando em um espaço socialmente vivido fraturado.
Qualquer identidade hoje possível só pode ser experimentada como simulação, pois já não existe algo como uma “consciência histórica” organizando as representações e vivencias do passado.
Nunca fomos tão livres do peso das tradições e costumes...
quinta-feira, 18 de março de 2010
NOTHING
Há horas em que tudo que me importa
É simplesmente poder parar o tempo
E o mundo,
Mergulhar profundamente
Em preguiças e inercias
Desvendando vazios e infâncias
Nas gotas da tarde de outono.
Tais momentos
Não cabem em qualquer pensamento,
Não se perdem em palavras,
Apenas acontecem
Como uma necessidade estranha
De provar o gosto do nada
Estático entre as coisas....
É simplesmente poder parar o tempo
E o mundo,
Mergulhar profundamente
Em preguiças e inercias
Desvendando vazios e infâncias
Nas gotas da tarde de outono.
Tais momentos
Não cabem em qualquer pensamento,
Não se perdem em palavras,
Apenas acontecem
Como uma necessidade estranha
De provar o gosto do nada
Estático entre as coisas....
terça-feira, 16 de março de 2010
NOTA SOBE A FILOSOFIA DA LINGUAGEM DE WITTGENSTEIN
O que há de mais fascinante na filosofia de Wittgentein é o fato de subverter radicalmente os princípios da lógica tradicional. Nela, a essência da linguagem, seu significado pragmático e profundo, é expresso na própria gramática, nos fatos contingentes condicionados as regras que perpassam sua aplicação cotidiana e imediata.
Assim, todas as formas possíveis de discurso são niveladas a um antropocentrismo radical que descarta toda “metafísica” ou principio transcendente como fonte de significação do fenômeno lingüístico.
Em outros termos, alem dos usos cotidianos e humanos, demasiadamente humanos, não existe lógica a ser sustentada no exercício e acontecer de nossas codificações elementares e mais sofisticadas de realidade e mundo.
LEMBRANÇAS
Certas lembranças
Duram o tempo
De uma vida.
Outras se quer
Um dia.
Mas ambas se perdem
No correr do presente
Que nos abandona e afaga
No cotidiano dos atos e acontecimentos
Que quase não dizem nada
No profundo superficial
De cotidiano e existência
Que nos prende aos fatos...
Duram o tempo
De uma vida.
Outras se quer
Um dia.
Mas ambas se perdem
No correr do presente
Que nos abandona e afaga
No cotidiano dos atos e acontecimentos
Que quase não dizem nada
No profundo superficial
De cotidiano e existência
Que nos prende aos fatos...
domingo, 14 de março de 2010
QUASE IDENTIDADE
A vida a margem do sentido
E do sentimento
Reinventa a peculiaridade
Da existência
Entre o impessoal dos fatos
E o sangrar biográfico.
Sou mero momento
De biografia e biologia
Em acontecer de acasos
Através dos atos e fatos
Que me definem
Entre os outros...
E do sentimento
Reinventa a peculiaridade
Da existência
Entre o impessoal dos fatos
E o sangrar biográfico.
Sou mero momento
De biografia e biologia
Em acontecer de acasos
Através dos atos e fatos
Que me definem
Entre os outros...
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