Há horas em que tudo que me importa
É simplesmente poder parar o tempo
E o mundo,
Mergulhar profundamente
Em preguiças e inercias
Desvendando vazios e infâncias
Nas gotas da tarde de outono.
Tais momentos
Não cabem em qualquer pensamento,
Não se perdem em palavras,
Apenas acontecem
Como uma necessidade estranha
De provar o gosto do nada
Estático entre as coisas....
Este Blog é destinado ao exercicio ludico de construção da minima moralia da individualidade humana; é expressão da individuação como meta e finalidade ontológica que se faz no dialogo entre o complexo outro que é o mundo e a multiplicidade de eus que nos define no micro cosmos de cada individualidade. Em poucas palavras, ele é um esforço de consciência e alma em movimento...entre o virtual, o real, o simbolo e o sonho.
quinta-feira, 18 de março de 2010
terça-feira, 16 de março de 2010
NOTA SOBE A FILOSOFIA DA LINGUAGEM DE WITTGENSTEIN
O que há de mais fascinante na filosofia de Wittgentein é o fato de subverter radicalmente os princípios da lógica tradicional. Nela, a essência da linguagem, seu significado pragmático e profundo, é expresso na própria gramática, nos fatos contingentes condicionados as regras que perpassam sua aplicação cotidiana e imediata.
Assim, todas as formas possíveis de discurso são niveladas a um antropocentrismo radical que descarta toda “metafísica” ou principio transcendente como fonte de significação do fenômeno lingüístico.
Em outros termos, alem dos usos cotidianos e humanos, demasiadamente humanos, não existe lógica a ser sustentada no exercício e acontecer de nossas codificações elementares e mais sofisticadas de realidade e mundo.
LEMBRANÇAS
Certas lembranças
Duram o tempo
De uma vida.
Outras se quer
Um dia.
Mas ambas se perdem
No correr do presente
Que nos abandona e afaga
No cotidiano dos atos e acontecimentos
Que quase não dizem nada
No profundo superficial
De cotidiano e existência
Que nos prende aos fatos...
Duram o tempo
De uma vida.
Outras se quer
Um dia.
Mas ambas se perdem
No correr do presente
Que nos abandona e afaga
No cotidiano dos atos e acontecimentos
Que quase não dizem nada
No profundo superficial
De cotidiano e existência
Que nos prende aos fatos...
domingo, 14 de março de 2010
QUASE IDENTIDADE
A vida a margem do sentido
E do sentimento
Reinventa a peculiaridade
Da existência
Entre o impessoal dos fatos
E o sangrar biográfico.
Sou mero momento
De biografia e biologia
Em acontecer de acasos
Através dos atos e fatos
Que me definem
Entre os outros...
E do sentimento
Reinventa a peculiaridade
Da existência
Entre o impessoal dos fatos
E o sangrar biográfico.
Sou mero momento
De biografia e biologia
Em acontecer de acasos
Através dos atos e fatos
Que me definem
Entre os outros...
segunda-feira, 8 de março de 2010
SOBRE O DIA INTERNACIONAL DA MULHER
Diluído seu conteúdo político de origem, o dia internacional da mulher e do feminimo, nesse conturbado inicio de século, perdeu um pouco de sua dimensão contestadora e simbólica mais significativa, associada a emancipação social da mulher concreta e ao questionamento simbólico da tradição partriacal configuradora da cultura ocidental ao longo dos últimos séculos.
Afinal, atualmente, boa parte das celebrações da data, sucumbem a afirmação vazia de estereótipos e clichês sobre a condição feminina.
Apesar disso, o dia 08 DE MARÇO permanece, em parte, no imaginário social, como representação de uma ocasião de reflexão e critica do que próprimente uma celebração hipócrita e convencional.
Em outras palavras, podemos falar de um sutil e silencioso esforço de afirmação da construção de uma cultura que incorpore o feminino como principio estrutural, ao lado do masculino simbólico, igualmente decisivo para uma economia simbólica que afirme a pluralidade e o irracional como realidades fundamentais ao desafio de uma nova imagem de mundo...
domingo, 7 de março de 2010
HIPOTESE DE PESQUISA SOBRE A CONSTRUÇÃO OU IDEALIZAÇÃO DA VERDADE
Palavras e imagens dialogam através da forma que essencialmente é, ao mesmo tempo, signo e símbolo, sinônimo vago de significação e sentido.
Sem isso não existe codificação da realidade através da consciência...
Mas o que exatamente isso significa? .... A resposta é um modo de codificar o que somos despidos de qualquer ideia ou conceito de Ser... ; descobrir a realidade como um nada que futilmente preenchemos através do pensamento...
quinta-feira, 4 de março de 2010
ESPECULAÇÃO SOBRE A EXPERIÊNCIA SIMBOLICA
As imagens são o resultado abstrato de um complexo jogo entre os arquétipos e seus reflexos na consciência; é o “tornar-se forma” que personifica toda significação possível, estabelecendo o ideal como real ou principio ativo da consciência.
Distinguir um símbolo entre a pluralidade irracional das imagens possíveis a consciência é o modo como experimentamos o devir da condição humana enquanto exercício simbólico e vivencia daquilo que conhecemos como realidade...
segunda-feira, 1 de março de 2010
END AND LIFE...
PROCURO EM SILENCIO
O MAIS PROFUNDO DO MUNDO
INVENTANDO ACASOS E VAZIOS
PARA DIZER A VIDA
E FUTUROS DE EGO E MAGIA...
TUDO PASSA
NA SUPERFICIAL AVENTURA
DO MEU ROSTO
EM FRANCO MOVIMENTO
DE TEMPO E BUSCAS...
NADA É INFINITO
E PARADOXALMENTE
SUFICIENTE...
A MORTE BRINCA
EM LABIRINTOS E MOMENTOS...
domingo, 28 de fevereiro de 2010
UM FRAGMENTO DE J LOCKE
"Os homens tomam as palavras como sendo as marcas regulares e constantes de noções aceites, quando na verdade não são mais que sinais voluntários e instáveis das suas próprias idéias. [...] Esse abuso, que leva a confiar cegamente nas palavras, não foi em nenhum lugar tão disseminado, nem ocasionou tantos efeitos maléficos, como entre os homens de letras. A multiplicação e obstinação das disputas que têm devastado o mundo intelectual deve-se tão-só a esse mau uso das palavras. Pois, ainda que em geral se acredite existir grande diversidade de opiniões nos volumes e variedade das controvérsias que agitam o mundo, o máximo que posso constatar é que, ao discutirem entre si, os doutos em contenda nas diferentes facções falam línguas distintas. "
NOTA SOBRE O CONCEITO DE VERDADE
O modo como diariamente buscamos estabelecer ou representar a realidade fora de nós, definir as condições objetivas do mundo, não é muito claro ou sistemático. Assenta-se costumeiramente sobre inúmeros preconceitos e ilusões quanto “a natureza” das coisas. Poder-se-ia dizer que somos socialmente condicionados a acrítica experiência de dada formatação ou idéia de realidade sem a devida consideração de sua relação com nossas crenças subjetivas e limitações cognitivas.
Em síntese, pode-se dizer que uma determinada sentença não é verdadeira por sua objetividade, por sua correspondência ao real, mas por ser aceitável ou convincente em termos de linguagem.
A verdade, portanto, é uma questão de persuasão e consenso inerente ao intercambio humano e não uma revelação do mundo como objetividade autônoma.
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