Diluído seu conteúdo político de origem, o dia internacional da mulher e do feminimo, nesse conturbado inicio de século, perdeu um pouco de sua dimensão contestadora e simbólica mais significativa, associada a emancipação social da mulher concreta e ao questionamento simbólico da tradição partriacal configuradora da cultura ocidental ao longo dos últimos séculos.
Afinal, atualmente, boa parte das celebrações da data, sucumbem a afirmação vazia de estereótipos e clichês sobre a condição feminina.
Apesar disso, o dia 08 DE MARÇO permanece, em parte, no imaginário social, como representação de uma ocasião de reflexão e critica do que próprimente uma celebração hipócrita e convencional.
Em outras palavras, podemos falar de um sutil e silencioso esforço de afirmação da construção de uma cultura que incorpore o feminino como principio estrutural, ao lado do masculino simbólico, igualmente decisivo para uma economia simbólica que afirme a pluralidade e o irracional como realidades fundamentais ao desafio de uma nova imagem de mundo...