A memória é em grande parte um inventário de lugares, pessoas, coisas, sensações e emoções que nos inventaram. A memória é uma espécie de silêncio em movimento onde o passado surge como sonho...
Este Blog é destinado ao exercicio ludico de construção da minima moralia da individualidade humana; é expressão da individuação como meta e finalidade ontológica que se faz no dialogo entre o complexo outro que é o mundo e a multiplicidade de eus que nos define no micro cosmos de cada individualidade. Em poucas palavras, ele é um esforço de consciência e alma em movimento...entre o virtual, o real, o simbolo e o sonho.
sábado, 2 de maio de 2009
terça-feira, 28 de abril de 2009
POEMA A VIRGINIA WOOLF
Inteiramente imóvel
Sob o estático do dia
Que desaparece
No passar das horas,
Quase me reconheço,
Quase percebo o tempo
Dentro de mim
Como biografia.
Sob o estático do dia
Que desaparece
No passar das horas,
Quase me reconheço,
Quase percebo o tempo
Dentro de mim
Como biografia.
Mas tudo me escapa
Em um segundo de incertezas
No falso de realidades.
Na radical desconstrução de experiências
Em absolutos de linguagem
E concretismos do nada
Submerso,
Desapareço...
Como testemunho do Tempo
que vivo infimamente
como duvida...
INCERTEZA
Seguir em frente
A direita ou a esquerda;
Escolher,
Pura e simplesmente,
Sem o peso dos determinismos
Que o passado impõe,
É o desafio
Do meu ser futuro.
Sou mais o produto
De erros
Do que de acertos.
Sou sombra
De tudo aquilo que me corroe
Em incertezas de amanhãs possíveis
Em azul
sob inspirações de lua.
A direita ou a esquerda;
Escolher,
Pura e simplesmente,
Sem o peso dos determinismos
Que o passado impõe,
É o desafio
Do meu ser futuro.
Sou mais o produto
De erros
Do que de acertos.
Sou sombra
De tudo aquilo que me corroe
Em incertezas de amanhãs possíveis
Em azul
sob inspirações de lua.
segunda-feira, 27 de abril de 2009
A CONTEMPORANEIDADE E O POSITIVO DO VAZIO
O tecido do que reconhecemos tradicionalmente por realidade vem se alterando significativamente através nas novas experiências e vivências proporcionadas pelas novas linguagens digitais. Inaugurou-se no domínio do humano uma nova perspectiva de vazio. Vazio confunde-se agora com a ausência de qualquer referencial seguro de totalidade e universalidade. Talvez, dentre muitas outras coisas, a contemporaneidade seja a constatação simples de que somos definidos por jogos entre a linguagem e o vazio... Mas é justamente isso que nos faz humanos e nos destina um lugar especial no reino animal...
sábado, 25 de abril de 2009
OLD HOUSE
LITERATURA INGLESA XLIII
Rupert Brooke ( 1887- 1915), morreu com apenas 28 anos de idade em uma trágica batalha durante a I Grande Guerra. Não nos legou, portanto, uma obra passível de avaliação profunda das dimensões e possibilidades de seu talento. Não é, francamente, considerado um grande poeta pelo que produziu em seus breves anos de atividade. Basicamente, deixou-nos intimistas poemas de juventude onde insinua claramente sua opção homossexual, alguns bons versos como em The Old Vicarage, Grantchester e poemas de guerra que o tornaram imortal como testemunha e vitima da barbárie européia que destruiu e fez desaparecer muitos gênios europeus cuja potencial contribuição a cultura ocidental perdeu-se dramaticamente.
Além de Brooke, outros poetas britânicos morreram na guerra e merecem serem citados nesta pequena lembrança...
John McCrae (1872-1918)
Wilfred Owen (1893-1918)
Isaac Rosenberg (1890-1918)
Alan Seeger ( ?)
Edward Thomas (1878-1917)
The War Sonnets by Rupert Brooke
Além de Brooke, outros poetas britânicos morreram na guerra e merecem serem citados nesta pequena lembrança...
John McCrae (1872-1918)
Wilfred Owen (1893-1918)
Isaac Rosenberg (1890-1918)
Alan Seeger ( ?)
Edward Thomas (1878-1917)
The War Sonnets by Rupert Brooke
I. Peace
Now, God be thanked
Who has matched us with
His hour,
And caught our youth, and wakened us from sleeping,
With hand made sure, clear eye, and sharpened power,
To turn, as swimmers into cleanness leaping,
Glad from a world grown old and cold and weary,
Leave the sick hearts that honour could not move,
And half-men, and their dirty songs and dreary,
And all the little emptiness of love!
Oh! we, who have
Oh! we, who have
known shame, we have found release there,
Where there's no ill, no grief, but sleep has mending,
Naught broken save this body, lost but breath;
Nothing to shake the
laughing heart's long peace there
But only agony, and that has ending;
And the worst friend and enemy is but
Death.
II. Safety
He who has found our hid security,
Assured in the dark tides of the world at rest,
And heard our word,
"Who is so safe as we?"
We have found safety with all things undying,
The winds, and morning, tears of men and mirth,
The deep night, and birds singing, and clouds flying,
And sleep, and freedom, and the autumnal earth.
We have built a house that is not for
Time's throwing.
We have gained a peace unshaken by pain for ever.
War knows no power.
Safe shall be my going,
Secretly armed against all death's endeavour;
Safe though all safety's lost; safe where men fall;
And if these poor limbs die, safest of all.
III. The Dead
Blow out, you bugles, over the rich
Dead!There's none of these so lonely and poor of old,
But, dying, has made us rarer gifts than gold.
These laid the world away; poured out the red
Sweet wine of youth; gave up the years to be
Of work and joy, and that unhoped serene,
That men call age; and those who would have been,
Their sons, they gave, their immortality.
Blow, bugles, blow!
Blow, bugles, blow!
They brought us, for our dearth,
Holiness, lacked so long, and
Love, and Pain.
Honour has come back, as a king, to earth,
And paid his subjects with a royal wage;
And nobleness walks in our ways again;
And we have come into our heritage.
IV. The Dead
These hearts were woven of human joys and cares,
Washed marvellously with sorrow, swift to mirth.
The years had given them kindness.
Dawn was theirs,
And sunset, and the colours of the earth.
These had seen movement, and heard music; known
Slumber and waking; loved; gone proudly friended;
Felt the quick stir of wonder; sat alone;
Touched flowers and furs and cheeks.
All this is ended.
There are waters blown by changing winds to laughter
There are waters blown by changing winds to laughter
And lit by the rich skies, all day.
And after,Frost, with a gesture, stays the waves that dance
And wandering loveliness.
He leaves a white
Unbroken glory, a gathered radiance,
A width, a shining peace, under the night.
V. The Soldier
If I should die, think only this of me:
That there's some corner of a foreign field
That is for ever
England.
There shall beIn that rich earth a richer dust concealed;
A dust whom England bore, shaped, made aware,
Gave, once, her flowers to love, her ways to roam,
A body of England's, breathing
English air,
Washed by the rivers, blest by suns of home.
And think, this heart, all evil shed away,
And think, this heart, all evil shed away,
A pulse in the eternal mind, no less
Gives somewhere back the thoughts by
England given;
Her sights and sounds; dreams happy as her day;
And laughter, learnt of friends; and gentleness,
In hearts at peace, under an
English heaven.
O SILÊNCIO DOS MARES
CRÔNICA RERÂMPAGO LII
Nada é mais desconcertante do que a experiência de um susto, de um tremer de momento e rotina em ocasional surpresa de inesperado. Tal experiência remete, afinal, a elementar incerteza da existência e ao fluxo não linear dos fatos cotidianos, ao incontrolável...
Através dela nos damos inesperadamente conta do quanto o destino é aleatório, o quanto, em nosso irrefletido agir cotidiano, somos meros joguetes a mercê dos caprichos e irracionalismos do absoluto caos que define a existência e o mundo...
Através dela nos damos inesperadamente conta do quanto o destino é aleatório, o quanto, em nosso irrefletido agir cotidiano, somos meros joguetes a mercê dos caprichos e irracionalismos do absoluto caos que define a existência e o mundo...
Naturalmente, não há nada que possamos fazer sobre isso...
sexta-feira, 24 de abril de 2009
O REAL E O IMAGINADO
Ainda aguardo resposta
Dos desfeitos versos
De vento
Que me fizeram seguir
Em frente
Inventando universos
Em lágrimas de esperanças.
Mas creio,
Tão somente,
No imediato e efêmero
Das nuanças de pequenos prazeres,
Ocultos em rasgos de realidades
Pseudo sonhadas.
Acredito
nas imaginações do acaso...
Dos desfeitos versos
De vento
Que me fizeram seguir
Em frente
Inventando universos
Em lágrimas de esperanças.
Mas creio,
Tão somente,
No imediato e efêmero
Das nuanças de pequenos prazeres,
Ocultos em rasgos de realidades
Pseudo sonhadas.
Acredito
nas imaginações do acaso...
quinta-feira, 23 de abril de 2009
FANTASIA DELIRIO
Sinto falta
De um rosto
Em minhas palavras,
De uma certeza de beijo
Entre as ilusões da verdade.
Sinto falta de ser criança,
De um devaneio e crepúsculo
No alem do ego
Que me escapa.
Sinto falta de você
De quem nunca soube
No até agora da vida...
De um rosto
Em minhas palavras,
De uma certeza de beijo
Entre as ilusões da verdade.
Sinto falta de ser criança,
De um devaneio e crepúsculo
No alem do ego
Que me escapa.
Sinto falta de você
De quem nunca soube
No até agora da vida...
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