O tempo
Passou por mim
Em silêncio
Como se o dia de hoje
Não existisse.
Deixou-me vazio
Com palavras mortas
Na boca
Diante de um relógio
Quebrado
Entre preguiças, inércias
E atos abandonados.
Este Blog é destinado ao exercicio ludico de construção da minima moralia da individualidade humana; é expressão da individuação como meta e finalidade ontológica que se faz no dialogo entre o complexo outro que é o mundo e a multiplicidade de eus que nos define no micro cosmos de cada individualidade. Em poucas palavras, ele é um esforço de consciência e alma em movimento...entre o virtual, o real, o simbolo e o sonho.
segunda-feira, 20 de abril de 2009
domingo, 19 de abril de 2009
INDIVIDUALISMO POSITIVO
No mundo contemporâneo, em que pesem outros abstratos referenciais ontológicos, o individuo isolado, auto-performático, é a medida de todas as coisas que nos definem as dinâmicas da existência coletiva.
Afinal, somos todos orientados a buscar o prazer e o conforto como metas últimas da existência. Estamos positivamente condenados a um mundo criado e moldado por nossas instabilidades e incertezas, definido por um ordenamento instável, que reflete pura e simplesmente nosso mais intimo sentimento pessoal de mundo ou incerto e inconstante estado de espírito. O ingênuo apelo a qualquer moral inspirada pela tradição e de natureza coercitiva pode mudar tal fato.
Dizendo de outra maneira, a existência, enquanto construção coletiva, já não é referencia para a cognição social e a invenção de significados. Somos cada vez menos sensíveis a f orça de qualquer mitologia laica ou ainda sacralizada. Aprendemos a depender cada vez mais apenas de nós mesmos no continuo esforço de reproduzir a própria vida. Como em nenhuma outra época passada, a auto consciência que define o indivíduo foi tão decisiva para as mutações das possibilidades humanas...
Afinal, somos todos orientados a buscar o prazer e o conforto como metas últimas da existência. Estamos positivamente condenados a um mundo criado e moldado por nossas instabilidades e incertezas, definido por um ordenamento instável, que reflete pura e simplesmente nosso mais intimo sentimento pessoal de mundo ou incerto e inconstante estado de espírito. O ingênuo apelo a qualquer moral inspirada pela tradição e de natureza coercitiva pode mudar tal fato.
Dizendo de outra maneira, a existência, enquanto construção coletiva, já não é referencia para a cognição social e a invenção de significados. Somos cada vez menos sensíveis a f orça de qualquer mitologia laica ou ainda sacralizada. Aprendemos a depender cada vez mais apenas de nós mesmos no continuo esforço de reproduzir a própria vida. Como em nenhuma outra época passada, a auto consciência que define o indivíduo foi tão decisiva para as mutações das possibilidades humanas...
quarta-feira, 15 de abril de 2009
CRÔNICA RELÂMPAGO L I
O fim de um dia de trabalho é como uma página em branco de biografia onde nos contentamos com a insignificante expontâneidade do acontecer sem compromisso de rotinas não laboriosas.é quando passamos dos desertos públicos aos desertos privados na continuidade de vazios que nos definem no exercicio de insondáveis silêncios intimos e constantes...
A TRAGÉDIA DE Hillsborough
Nesta quarta feira, a cidade de Liverpool vestiu-se de luto para lembrar amargamente os 20 anos daquela que foi a maior tragédia do football inglês.
Trata-se da partida de 15 de abril de 1989 da semifinal da Copa da Inglaterra, entre os times Liverpool e Nottingham Forest, no estádio Hillsborough, em Sheffield.
O jogo foi interrompido seis minutos após o início quando, depois de uma agromeração e confusão nos tuneis estreitos que davam acesso ao estadio, 730 pessoas ficaram feridas e, 96 torcedores, todos do Liverpool, morreram esmagados...
Entre as homenagens aos mortos desta quarta, houve dois minutos de silêncio na cidade de Liverpool às 14 : 06 horas (horário local), quando a 20 anos atrás a tragédia aconteceu...
Até hoje o time do Liverpool não joga no dia 15 de abril...
Que dias como esse jamais voltem a acontecer pelos caminhos incertos de cada acaso e fortuna ...
Essa tragédia ainda é uma ferida aberta...
O OUTRO COMO CAMINHO DA INDIVIDUAÇÃO
O que há de mais paradoxal na condição de indivíduo é a incontornável necessidade do outro para sustentar a própria auto-consciência... É através do outro que paradoxalmente nos tornamos o que já somos; um outro que em muitos sentidos sempre permanece irremediavelmente distante. Pois quanto mais íntimos nos tornamos de alguém, mas somos surpreendidos pelo seu ontológico alheamento.Disso se conclui que a individualidade, ou o humano em singularidade psicológica, não é propriamente uma condição definida pela auto consciência, mas sim um fluxo de experiências autônomas estabelecidas interativamente. É a experiência da diferença, da pluralidade de possibilidades e escolhas, através do outro o que nos torna únicos no estranho processo de tomada de consciência de si mesmo que também é uma vivencia constante de estranhamentos e redescobertas.
NOW...
SOBRE A ILUSÂO DA VERDADE
Aquilo que conhecemos como verdade não é uma qualidade do mundo sensível, mas algo definido pelo intelecto humano. A verdade é tão somente uma necessidade, uma tendência inerente as configurações da consciência para estabelecer referencia e padrões de realidade. Isso faz dela uma função do pensamento, algo que não corresponde a qualquer coisa objetivamente existente.A verdade, em resumo, é apenas um mito...
domingo, 12 de abril de 2009
BLACK NIGHT
CRÔNICA RELÂMPAGO XLIX
Há estranhas ocasiões em que penso no quanto seria decisivo, talvez, poder mudar o passado, trasmutar o presente em reinvenções de expectativas de futuros. Mas nenhum desejo poderia ser mais fútil e inútil no ato de ser precariamente em uma biografia.
Todo viver é, o tempo todo, esboço e pluralidade de possibilidades em qualquer determinado cenário de circunstâncias. O Hoje é o grande campo de batalha da vida perante um potencial amanhã que nunca morre como possibilidade.
Como esboços de sobrevivências a nós mesmos, construímos os futuros possíveis em readaptações e reinvenções do que provisoriamente somos na aventura de cada momento...
Todo viver é, o tempo todo, esboço e pluralidade de possibilidades em qualquer determinado cenário de circunstâncias. O Hoje é o grande campo de batalha da vida perante um potencial amanhã que nunca morre como possibilidade.
Como esboços de sobrevivências a nós mesmos, construímos os futuros possíveis em readaptações e reinvenções do que provisoriamente somos na aventura de cada momento...
RELEITURAS
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