Flank Albert Sinatra foi o cantor mais expressivo da América do pós guerra, a encarnação viva do american way of live, do self made man e, de algum modo, um ícone que nos permite ler as sensibilidades que definem em parte o séc. XX. Nos anos 50, era sua voz, the voice, que embalava os sonhos e emoçõesda ingênua rebeldia da chamada “juventude transviada” através de um misto de swing, sensualidade, romantismo, humor, melancolia e irreverência, em um momento em que a musica popular se consolidava, através da conversão em uma poderosa industria, em uma presença marcante e significativa no cotidiano dos indivíduos, seja como pano de fundo ou como trilha sonora de suas próprias vidas.
Embora avesso ao rock and roll, cabe registrar que foi justamente Sinatra que em 1960, no episódio final de seu programa de variedades para a TV americana, The Frank Sinatra Show, que recebeu o jovem Elvis Presley, então recém chegado aos Estados Unidos após a conclusão de seu serviço militar.
Também é digna de nota sua ótima versão de uma das mais belas cançãos dos Beatles, Something, by George Harrison e, por que não, as divertidas e heréticas versões de um de seus maiores sucessos, My Way, pelo Sex Pistols e, posteriormente Nina Hagen.
O que realmente importa é que dez anos após sua morte a memória e o gramour de Sinatra ainda seduz nossas imaginações e sensibilidades intensa e profundamente. The Voice ainda é um dos maiores símbolos da cultura ocidental.
Arnold Shaw na overture de sua biografia sobre o cantor, escrita em fins dos anos 60 e muito propriamente intitulada Sinatra: Romântico do séc. XX, assim define esse complexo e contraditório homem que se fez voz e mito:
Embora avesso ao rock and roll, cabe registrar que foi justamente Sinatra que em 1960, no episódio final de seu programa de variedades para a TV americana, The Frank Sinatra Show, que recebeu o jovem Elvis Presley, então recém chegado aos Estados Unidos após a conclusão de seu serviço militar.
Também é digna de nota sua ótima versão de uma das mais belas cançãos dos Beatles, Something, by George Harrison e, por que não, as divertidas e heréticas versões de um de seus maiores sucessos, My Way, pelo Sex Pistols e, posteriormente Nina Hagen.
O que realmente importa é que dez anos após sua morte a memória e o gramour de Sinatra ainda seduz nossas imaginações e sensibilidades intensa e profundamente. The Voice ainda é um dos maiores símbolos da cultura ocidental.
Arnold Shaw na overture de sua biografia sobre o cantor, escrita em fins dos anos 60 e muito propriamente intitulada Sinatra: Romântico do séc. XX, assim define esse complexo e contraditório homem que se fez voz e mito:
“ O atrativo de Sinatra como um romântico do século XX provem de um grupo de contradições. Na hierarquia de nossos símbolos do sexo e deuses do amor, ele tem sido o amante torturado, tão vulnerável quanto triunfante, magoando e sendo magoado. Se continha muito de Balzac, cuja bengala trazia a inscrição: “Seja o que for que me atrapalhe, eu esmago”, também havia nele qualquer coisa de Kafka, que gravou em sua bengala: “Tudo aquilo que me atrapalha, me esmaga!” É essa contradição constante de violência e ternura que compôs a personalidade magnética e enigmática de Sinatra. E foi a projeção dessas polaridades em seu modo de cantar que contribuiu para torná-lo o cantor máximo dos nossos tempos.”
(Arnold Shaw. Sinatra: Romântico do Século XX. Tradução de Luiz Fernandes. RJ: Mundo Musical, 1969,p. 4)