ou, simplesmente, um raso aprendizado do fato abstrato de em nada ser.
Ela é um estar sempre mudando,
se desfazendo e se perdendo,
aos pouquinhos,
através do corpo,
da percepção e da memória,
que nos afoga na ilusão da realidade,
na lucidez do nada que desfaz
todo significado, convicção e verdade
que nos move contra o tempo e o espaço.
Existo através de tudo onde não sou,
onde me descubro como processo, natureza, matéria e meta linguagem.
Existo em indeterminação e imanência,
em devir e silêncio,
Buscando desesperadamente qualquer forma de liberdade que ultrapasse toda noção possível e incerta de realidade.
Afinal, a existência é aquilo que me diz que em nada eu sou,
que é sempre um outro que me surpreende
na experiência de viver através da consciência
a inconstância deste momento que me consome e mata.