segunda-feira, 30 de junho de 2014

MEUS ERROS

Nem sempre tive as explicações certas para os meus erros.
Nunca achei que errar era humano
ou que faria diferença
qualquer outra opção.


As vezes as coisas simplesmente são
como são
e não há nada a ser feito.


Nesta vida,
de nada me arrependi.
e nada me fez feliz.


Tudo foi como deveria ser....

domingo, 29 de junho de 2014

FOME

A abstrata fome
que me consome
diz uma falta
que dói
em silêncio.


Contra ela
não conheço alimento.
Nenhum banquete seria uma solução.


Trata-se apenas
de um estado de insatisfação.
Talvez seja uma falta
que não nasce de qualquer desejo,
uma forma estranha de náusea
com tudo aquilo que me diz o mundo.

sábado, 28 de junho de 2014

A MENTIRA DE UM SONHO

Sonhei ingenuamente
ser mais perfeito
que a vida
até o ponto
de me perder
no fundo escuro
do meu próprio sonho.

Sofri malogros e ruinas,
perdi passados
e apaguei futuros.
Tudo por conta
do erro de um sonho
que me roubou toda realidade

quinta-feira, 26 de junho de 2014

O OUTRO

Queria fazer um poema triste
para esquecer  minhas ausências,
preencher meus vazios
e fingir que a existência
não vale tanta melancolia.
Queria reinventar meus sonhos
E reaprender a existir.
Pois dentro de mim mora um outro
Ansioso  por viver.


domingo, 22 de junho de 2014

INCOERÊNCIA FILOSÓFICA

A incoerência aleatória dos versos
busca dizer em palavras
o ilegível e abstrato
sentimento de um pensamento
que foge aos conceitos
e subverte gramáticas
correndo descalço sob ventos antigos.


A incoerência nunca é arbitrária.
Sabe ser caprichosa
em sua iniciativa desconstrucionista.

segunda-feira, 16 de junho de 2014

ENQUANTO AS ROTINAS SEGUEM

Enquanto as rotinas seguem,
Vivemos o tempo pequeno
De nossos atos aleatoriamente
Espalhados no cenário do mundo.
Tudo que fazemos é quase invisível
E sem consequências,
Um esboço de nada cuja importância
Superestimamos.
Mas precisamos continuar
Seguindo em frente
Ignorando duvidas e reflexões.
Precisamos sobreviver,

quarta-feira, 11 de junho de 2014

RESIGUINAÇÃO

Um dia talvez eu me renda
As intenções do tempo
E me desfaça satisfeito
Entre rotinas.


Um dia, talvez, eu me perca
Definitivamente
De mim mesmo
Liberto de toda inquietude.

quinta-feira, 5 de junho de 2014

FILOSOFIA E GRAMÁTICA

Há muitos silêncios tumultuando o sentido gramatical de cada frase. Atrapalhamos a gramática tentando codificar no dito o simples absurdo da condição humana. Toda filosofia não vai além do dilema entre as regras gramaticais e a exigência irracional das imagens do pensar sem palavras da imaginação selvagem que nos corroe por dentro.....