terça-feira, 25 de janeiro de 2011

SALVADOR DALI E O CAPRICHO ELEVADO A CATEGORIA DE SISTEMA



Salvador Domingo Felipe Jacinto Dalí i Domènech, 1º Marquês de Dalí de Púbol, ou, simplesmente,  Salvador Dali,  em suas "Confissões Inconfessáveis" nos ensina  “Como elevar o capricho a categoria de sistema” em uma bem humorada combinação entre alquimia e megalomania com toda a irreverência que lhe era própria:

“ O IRRACIONAL jorra constantemente do nosso espírito e do impacto do real,  porém não o percebemos, de tal modo estamos condicionados a não reconhecer senão o bom senso, a razão, a experiência adquirida. Contudo, o milagre está sempre presente e possuímos todas as chaves para viver no segredo da alma do mundo.Mas esquecemos os caminhos da verdade. Temos olhos  e não enxergamos, temos ouvidos  e não escutamos.
Eu, Dali, descobri os caminhos da revelação e da alegria, o deslumbramento da felicidade reservada aos olhos lúcidos. Participo com todo o meu ser da grande pulsação cósmica. Faço da minha razão um simples instrumento para decifrar a natureza das coisas e entender o meu delírio para melhor aprecia-lo.”

BRANDA ESPERANÇA


Procuro estar



A altura das urgências da vida


 E do correr do tempo...


Conduzir as vontades


Que buscam loucas


O coração do mundo...


Pois ainda espero


Aquela manhã


Límpida e clara


Onde o futuro pode


Contradizer o provável...

domingo, 23 de janeiro de 2011

HOMENAGEM A SALVADOR DALI



SALVADOR DALI
ESTA MORTO,
ESTA VIVO,
COMO O GRANDE MASTURBADOR
QUE IMPONENTE EXISTE
DENTRO DE CADA UM DE NÓS
COMO IMAGEM E PALAVRA QUEBRADA
EM  METODOLOGIA CRITICO-PARANOICA...

SALVADOR DALI
ESCREVE-SE EM JANELAS ABERTAS
POR PINCEIS E TINTAS
COMO UM GRANDE BUFÃO
A DESAFIAR O REAL
EM ABSTRATA CERTEZA DE QUE TUDO
NÃO PASSA DE FANTASIA E PIADA
INERTE NO AMOR LOUCO...  

sábado, 22 de janeiro de 2011

LITERATURA E DUVIDA



Qualquer espaço  literário digno de tal rótulo hoje em dia deve estar focado no desafio de reconstruir, recodificar, a realidade através de inovadoras estratégias  de construção de significados vividos através da linguagem...
Tudo o que importa, é dizer o mundo de um modo incompreensível, avesso aos cotidianamente exercidos usos gramaticais... na cada vez mais abstrata materialização de nossa “evasão lingüística” como critica  do cotidianamente dito em regras de normal existência..    

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

NOTA SOBRE OS SENTIMENTOS


O conceito de sentimento remete a certas disposições mentais do individuo, a sua percepção subjetiva das coisas a partir do binário atração/repulsa.

Desta forma, aquilo que chamamos sentimento é em certa medida uma escolha, uma eleição, condicionada a diversas variáveis. Diferente da emoção, portanto, o sentimento não é um cego impulso neural, não cognitivo, que se impõe a consciência.

Segundo C G Jung, por exemplo, o sentimento é uma das quatro funções básicas da consciência, uma disposição mental inata que remete a nossas opções ou eleições racionais, as valorações ou qualidades que imaginamos intrínsecas a determinado objeto .

É curioso que normalmente costumemos confundir emoções e sentimentos, abandonando-os ao lugar comum da passionalidade.







terça-feira, 18 de janeiro de 2011

The Who - I Can't Explain

SONHOS E ILUSÕES



Quando um sonho
Beija a realidade
Torna-se algo além
De um sonho,
Transforma-se
Em qualquer coisa
Que vivemos como verdade
Iludindo desejos
Que agora perdidos
Gritam em algum princípio
O desespero de ingenuidades...

O DESTINO COMO SILÊNCIO

Sei que o destino não existe.



Pois tudo é aleatório


No se fazer dos dias,






Não há qualquer sentido


A tirar das coisas,


Nenhuma filosofia...






Nada sustenta


Meu desejo de propósitos


E finalidades


Para justificar a existência,






Nada me prende


A qualquer premissa


Ou certeza...



segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

NOTA SOBRE O IRRACIONAL DA EXISTÊNCIA



“...Eu  e meu destino, porém, não falamos ao ‘hoje’ e tampouco ao ‘nunca’. Temos paciência para falar ao tempo, muito tempo, para isso. Porque ele há de chegar um dia e não de passagem.”
                                                                                   F Nietzsche in Assim Falava Zaratustra

O acaso se manifesta com absurda  astúcia, como aleatório encadeamento louco de fatos e sensações que nos despertam teleologias, leituras provisórias  do real em  discreto acontecer de  caoticidades borradas nas  cores das imaginações mais profundas que configuram a existência...